ABCZ genética

ABCZ aponta importância da genética bovina 

Presidente da entidade destaca investimentos na área de melhoramento genético e a importância disso para a produtividade na pecuária

Redação

em 3 de setembro de 2024


Os investimentos em genética animal precisam ser ampliados para que o Brasil dê um salto na produção de carne e leite, a partir do rebanho bovino das raças zebuínas. De acordo com reportagem da Forbes, as projeções atuais indicam que o país pode pular dos atuais 9 milhões de toneladas de carne para 10,2 milhões em 2033. 

Os dados são do relatório Projeções do Agronegócio de Longo Prazo, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e indicam, ainda, que o a produção de leite pode passar dos 34,1 bilhões de litros para 44,5 bilhões, no mesmo período citado. 

Para Gabriel Garcia Cid, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), a pecuária de alta precisão deve ajudar nessa transição para maior produção de proteína. O melhoramento genético, na avaliação do pecuarista, faz parte dos recursos. Ele destacou, ainda, a importância de feiras como a ExpoGenética, para avançar no salto projetado pelo Mapa. 

Em frase dita na reportagem da Forbes, ele lembrou que “todo mundo quer carne e leite de qualidade, mas, agora querem saber como a gente produz”. A “gente”, no caso são os mais de 25 mil produtores de animais das raças zebuínas. Nesse rol entram não só os produtores de nelores, mas, também, aqueles com rebanhos brahman, gir, guzerá, tabapuã, indubrasil, punganur, sindi e cangaian.

Mercado internacional de olho na genética zebuína

A melhoria genética atende, também, ao mercado internacional: o Brasil vendeu US$ 4,792 bilhões em sêmen e embriões em 2023 e já acumulou US$ 2,689 bilhões em negociações até julho de 2024. A genética zebuína leiteira seria o principal alvo dos compradores internacionais, de acordo com a reportagem da Forbes. 

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Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o rebanho bovino brasileiro teria batido o recorde de 234,4 milhões de animais, em 2022. Desse volume, cerca de 80% seriam de origem zebuína, ou seja, de raças originárias da Índia ou, ainda, de animais cruzados com raças europeias.