Agro contribui para expectativa de vida
Setor agropecuário será fundamental nas próximas décadas, quando os idosos devem representar cerca de um terço da população
O brasileiro tem vivido mais e as estatísticas nos últimos 100 anos comprovam isso. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a expectativa de vida atual da população é de 76,4 anos em média. Trata-se de um salto fantástico para a média de 1920, que era de 35,2 anos. A mudança deve-se a vários fatores, inclusive nutricionais, e o agronegócio tem a ver com isso.
A afirmação é da produtora rural Simone Silotti, que integra o grupo de trabalho do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) sobre estratégias para a redução de perdas e desperdícios. Ela destaca que, no começo do século passado, chegar aos 40 era um sonho e lembra que as previsões do IBGE apontam para um cenário onde 29% da população brasileira será de idosos em 2050.
Leia também:
Em 50 anos, custo da cesta básica de alimentos caiu 38%
Com base nesses números, ela ressalta que o agro não só contribuiu para a melhoria na alimentação brasileira, como será fundamental para uma agenda positiva em termos de segurança alimentar.
Setor deve prezar pela segurança alimentar e sustentabilidade
Com a experiência de ser a fundadora de iniciativas empreendedoras como a Vale Louros e o #FaçaumBemINCRÍVEL, Silotti tem um entendimento do setor a partir de sua formação em gestão do agronegócio pela FATEC MC, com MBA em gestão de projetos pela USP ESALQ.
Em artigo para a Forbes, ela mostra alguns marcos do processo, entre eles a criação da Embrapa, com investimentos em pesquisa e tecnologia que aumentaram a produtividade e que permitiram que regiões antes improdutivas florescessem. Falando de outras forma: a produção de grãos pulou de 50 milhões de toneladas, nos anos 1970, para mais de 300 milhões de toneladas em 2023.
Leia também:
Desperdício de alimentos causa insegurança alimentar e aumenta emissões
Silotti lembra que nos próximos anos a evolução do agro brasileiro deve ter como base a combinação de diversidade e sustentabilidade. A alimentação balanceada será essencial, principalmente pelo aumento do percentual de idosos. Por outro lado, a sustentabilidade precisa ser reforçada, principalmente em temos de mudanças climáticas severas.