Agro preserva 26% do território nacional
Com auxílio da tecnologia, IA e satélites, agro equilibra produção agrícola e preservação ambiental, visando a sustentabilidade
Diferente de outros países, o Brasil preserva regiões de grande potencial agrícola, mesmo sendo um dos líderes de produção de alimentos no mundo. Segundo José Carlos Grubisich, empresário e ex-presidente da Braskem, da Rhodia e da Eldorado Celulose, as ações de preservação do agro envolvem um território de 218 milhões de hectares, cujo valor patrimonial supera os R$ 4 trilhões.
E mais: somente em impostos e medicas de proteção, o setor desembolsaria um total anual de aproximadamente R$ 26 bilhões.
Os números citados estão no artigo publicado por ele na revista Exame e indicam que o agro tem ações que ainda são pouco conhecidas do público em geral e que estão relacionadas à sustentabilidade. A lista é interessante e tem grande uso de tecnologia e inovação na gestão agropecuária.
Entre os exemplos estão o uso sistemas de inteligência artificial (IA), que ajudam a reduzir o consumo de água e a aumentar a produtividade agrícola, e a aplicação de drones para monitorar a saúde das plantas e identificar doenças e ervas daninhas. Esses equipamentos não-tripulados também têm sido empregados para a utilização mais racional de fertilizantes e defensivos agrícolas.
Outras duas frentes incluem a adoção de modelos avançados de previsão meteorológica que, inclusive, permitem antecipar eventos climáticos extremos, e a compra de equipamentos agrícolas e caminhões movidos a biocombustível. Ou seja, as iniciativas envolvem várias frentes de sustentabilidade e que podem reduzir a pegada de carbono do segmento.
Agro trabalha em parceria com o governo federal
Grubisich destaca o trabalho combinado do setor com o governo federal. Isso inclui o Sistema Nacional de Áreas de Conservação, que estipula a preservação de áreas, em grande parte de propriedade privada, e o respeito ao Código Florestal, aprovado em 2012, e que seria um dos mais rigorosos do mundo.
O esforço conjunto inclui também os sistemas de monitoramento por satélite, que são empregados pelo governo, por empresas do agro e por organizações da sociedade civil. No final, a meta é uma só: fiscalizar e combater o desmatamento ilegal.