Boi com chip é novidade na Amazônia
Tecnologia vem sendo adotada por pecuaristas da região Amazônica, para monitorar a origem do gado
O rastreamento dos rebanhos bovinos é uma tendência na pecuária brasileira e o uso de chips, agora, é mais um passo do processo. A tecnologia está sendo adotada por produtores do Pará, segundo o site G1, e será uma ferramenta de comprovação de que o gado em questão não está sendo criado em regiões de desmatamento.
Uma das iniciativas de ‘boi com chip´ vem do Frigorífico Rio Maria, cuja fazenda envolve o maior rebanho bovino da Amazônia e o segundo maior do Brasil. O empreendimento usa o chip desde julho de 2023, juntamente com a utilização de brincos, outra tecnologia de rastreamento adotada na pecuária.
Tecnicamente identificado como Projeto de Rastreabilidade Individual e Monitoramento dos Indiretos (Primi), o sistema foi desenvolvido pela empresa de geotecnologia Niceplanet, em parceria com a certificadora SBcert. Dados do G1 indicam que o valor do processo é de R$ 20 por boi, sendo R$ 7 da fabricação dos brincos e chips e R$ 13 da certificação de cada animal.
Leia também:
O que é rastreabilidade do gado e por que é tão importante?
Com o sistema, o pecuarista paraense deixa de ter apenas a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que controla a entrada e saída do gado das fazendas. O problema da GTA é que ela somente identifica de onde vieram os grupos de animais, mas não a origem de cada um deles.
Ao serem misturados, quando chegam nas fazendas, há uma perda de controle de origem. Com a adoção de brincos, que funcionam como tags, e chips, o rastreamento se torna mais preciso e mais eficaz.
Leia também:
Bovinocultores discutem rastreamento voluntário
É importante ressaltar que o Brasil possui um sistema oficial de identificação individual, chamado de Sistema Brasileiro de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (Sisbov). A limitação é que ele é direcionado ao controle sanitário e não tem sido usado diretamente para combate ao desmatamento.