bolsa de credito de carbono

Brasil ganha bolsa de crédito de carbono inédita

B4 será baseada em Blockchain, com rastreabilidade de confiabilidade

Redação

em 30 de agosto de 2023


A B4 é a primeira do gênero no país baseada em blockchain, o que significa que pode ser rastreada, conferindo confiabilidade à operação. A bolsa de créditos de carbono deve impulsionar os investimentos em iniciativas ambientais, de acordo com a reportagem do site Planeta Campo. Segundo a publicação, a plataforma inovadora também permite o combate à duplicidade de créditos, apontado como um dos principais problemas desse mercado.

Tecnicamente, a duplicidade acontece quando o mesmo crédito é emitido ou negociado mais de uma vez, o que representa o uso indevido de um ativo. Além de afetar a credibilidade de quem está envolvido na negociação, isso desestimula quem tem interesse em investir em crédito de carbono, um mercado potencial para o Brasil.

Blockchain traz mais confiabilidade

Como a tecnologia blockchain permite a criação de um sistema de registro e informação, a aposta da B4 é de que essa característica também incentive a participação na negociação via a plataforma. Um histórico comprovado de dados facilita a transparência e a governança corporativa, uma das bases das políticas de ESG. Esse mercado, aliás, tem investimentos estimados de US$ 53 trilhões até 2025, segundo o relatório ESG Radar 2023 da Infosys.

A B4 também é um passo a mais do Brasil no mercado de carbono, sistemática estabelecida em 1992 durante a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC, em inglês) no Rio de Janeiro. Cada tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono, que pode ser negociado no mercado internacional.

O mercado em geral também aposta em soluções que adicionem confiabilidade à negociação de crédito de carbono, pois as dúvidas sobre qualidade de projetos podem desacelerar esse mercado, segundo o site EPBR. No ano passado, por exemplo, houve uma queda de 4% no comércio voluntário de carbono. A oferta de crédito, apesar de positiva, foi considerada pequena: 2%. No total, as compensações em nível global somaram 255 milhões.