Brasil quer expandir exportações de carne para a Turquia

O objetivo de introduzir a carne bovina em um dos últimos grandes mercados ao qual não tem acesso ditou a missão oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) à Turquia. Apesar de ser um dos maiores parceiros comerciais do Brasil no âmbito das exportações agrícolas, o país do Oriente Médio tem restrições a alguns produtos da agropecuária, como a carne bovina e de aves.

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A comitiva liderada pelo secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Julio Ramos, pretende, de acordo com o Canal Rural, posicionar o Brasil como parceiro estratégico da Turquia diante da demanda crescente por alimentos. No entanto, para firmar essa negociação, o Brasil deve estar em conformidade com o sistema Halal, que segue os preceitos da lei islâmica.

Na tradução para o português, “Halal” significa “permitido” e diz respeito, no contexto em questão, à garantia de um nível elevado de higiene aplicada, tendo em vista a segurança sanitária, avaliação de riscos e compatibilidade com as regras islâmicas. A adoção dessas práticas pode ampliar o fluxo comercial para além dos que já foram conquistados este ano (gelatina e colágeno não comestíveis, ovoprodutos, vísceras organolépticas para alimentação animal e heparina bovina).

Para ampliar essa missão e, possivelmente, aumentar o crescimento econômico, empregatício e de renda, o Brasil intensifica sua presença na Turquia, por meio da criação de um posto de adidância agrícola em Ancara, capital do país. As partes interessadas trataram também sobre a exportação de gado vivo e de pescado, e decidiram negociar um memorando de entendimento considerando os interesses em comum, como menciona o site da agência gov.

Visitas técnicas e reuniões serviram à delegação brasileira no intuito de analisar as práticas implementadas pelo governo turco. O diretor geral do Conselho de Carne e Leite, Mustafa Kayhan, reiterou o objetivo turco em expandir as relações com o Brasil, com a expectativa de, aproximadamente, 300 mil cabeças de gado anuais exportadas. Essa troca significa um avanço para a relação entre países e possibilita solucionar tanto a importação devida, quanto a exportação esperada, como menciona o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa.

“Este intercâmbio de experiências e informações reforça o compromisso de ambos os países em fortalecer sua parceria no setor agropecuário, abrindo novas oportunidades para o agro brasileiro no mercado internacional”, ressaltou Pedrosa.