Brasil teve recorde de produção de carne, leite e ovos
De acordo com o IBGE, o Centro-Oeste se destacou na criação de bovinos ao passo que o Sul liderou a produção de leite em 2023
A pecuária brasileira, no espectro de bovinos e galináceos, apresentou um crescimento no que diz respeito à produção de carne e leite e à quantidade de animais, em 2023, quando comparados com o ano anterior. Ambos os grupamentos alcançaram um novo recorde, com 238,6 milhões de bovinos e 1,6 bilhão de galináceos. Os números se tornam ainda mais impressionantes quando comparados à população brasileira do mesmo período, que somava 211,695 milhões de pessoas.
No contexto de exportação da carne in natura produzida pelo Brasil, os números apontam para uma crescimento de 0,7% em volume quando comparado a 2022. Como principal importador desse produto, a China respondeu por 59,6% da exportação brasileira nesse quesito.
Sob a ótica da produção de carne, o Mato Grosso liderou o ranking com 34 milhões de animais, o que representa 14,2% do total. O estado foi seguido pelo Pará, com 25 milhões, o equivalente a uma parcela de 10,5%. Goiás fechou o top 3 com 23,7 milhões de bovinose uma participação de 9,9%.
Região Sul fortifica sua posição de produtora
Leite
A produção de leite, que sofre com a migração para práticas mais atrativas financeiramente e com a importação, é uma das atividades que a Região Sul ajudou a fechar a uma alta de 2,4% em relação a 2022.
Um dos fatores que explica a maior produtividade da produção leite é a “saída de produtores menos tecnificados e o investimento em genética e estrutura de rebanho”, como relatado em matéria do Estadão.
A média nacional de produtividade leiteira saiu de 1.525 litros/vaca/ano para 2.259 litros/vaca/ano, em um intervalo de nove anos.
Além de liderar as regiões como maior produtor de leite do Brasil, com 33,6% do total, o Sul contempla os dois municípios mais bem rankeados: Castro (PR) com 1,3% dos 35,4 bilhões de litros estimados de 2023 e Carambeí (PR) com 0,7%.
Galináceos
No que tange aos galináceos (galo, galinha, peru, pavão, entre outros), a Região Sul responde por 48,4% dos 1,6 bilhão, resultado 0,6% maior do que em 2022. Novamente, o Paraná se destacou com um crescimento de 0,8% e um acúmulo de 453,4 milhões de animais ou 28,7% do total.
Já na criação de galinhas para a produção de ovos, a Região Sul perde para a Sudeste, mas ainda apresenta um aumento de 2%, com 25,1% do total nacional.
O Paraná, por si só, concentra 26,6 milhões de aves (10,3% do total) e cresceu 2,3% em relação a 2022. Ao final de 2023, a criação de galinhas chegou a 263,5 milhões de animais, alta de 2,4%. Como resultado, a produção de ovos atingiu 5 bilhões de dúzias, um recorde que acompanha o crescimento ininterrupto desde 1999, segundo o IBGE.