Foto: Steve Kenyon
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Foto: Steve Kenyon

Canadense usa drones para avaliar pastagens e cercas

Pecuarista usa dois tipos de equipamentos com ganhos em relação a sistemas tradicionais

Redação

em 8 de julho de 2024


Para Steve Kenyon, empreendedor do Greener Pastures Ranching, no Canadá, a adoção de drones é a maneira mais fácil de verificar se os portões estão abertos e se os bebedouros de sua propriedade estão funcionando adequadamente. E mais: os equipamentos também podem ser usados para a semeadura, de acordo com a experiência dele, detalhada num artigo para o site Canadian Cattleman.

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A jornada de Kenyon começou com a aquisição de um drone de 250 gramas, usado inicialmente para gravar vídeos. Sem necessidade de licença para pilotagem, o pequeno aparelho capta imagens de alta qualidade e vem sendo usado para alimentar as redes sociais do pecuarista, assim como economizar a ida em campo, pois identifica onde as suas cercas, de fato, precisam de reparos.

Segundo o empreendedor, a vistoria de sua propriedade pode ser feita em dez minutos de voo de inspeção. Outro ganho operacional acontece na movimentação de gado: se precisar mover o rebanho para um novo piquete e quiser ter certeza de que os portões estão fechados, um voo rápido pode confirmar as informações.

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Foto: Steve Kenyon

Com um investimento de aproximadamente US$ 1.500, o pecuarista já economizou centenas de horas e muitas contas de reparos desnecessários. As vistorias in loco, de acordo com ele, foram reduzidas significativamente.

O segundo passo de Kenyon envolveu a compra de um drone de semeadura por aproximadamente US$ 25 mil. Com 24,9 kg, o equipamento não é o maior dessa categoria, mas para o pecuarista é leve o suficiente para exigir apenas uma licença básica de voo para drone.

Um modelo mais pesado exigiria uma licença avançada, de acordo com ele. No Canadá, inclusive, o equipamento em questão é vendido com um tanque menor, para que o peso carregado fique logo abaixo da marca de 25 kg.

O equipamento permite o espalhamento de sementes, antes feito de forma tradicional nas pastagens. Além de mais máquinas para essa iniciativa, Kenyon precisava enfrentar o trabalho em terrenos acidentados.

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Existem, porém, pontos que podem melhorar neste processo. Na avaliação dele, as desvantagens da semeadura por drones são o armazenamento da bateria e o volume de sementes que podem ser transportadas. Dependendo do tamanho da semente e da taxa de aplicação, leva cerca de oito minutos para que a bateria do drone seja reabastecida.

Por outro lado, ele elogia a grande vantagem que o drone tem em relação à aplicação manual em solo: o GPS que permite a precisão na aplicação. Com o equipamento, ele pode voar pelo perímetro do campo e mapeá-lo, adicionando pontos de referência. O drone, então, pode ser planejado para ter uma trajetória de voo dentro destes limites.