carne e leite carbono zero

Carne e leite carbono neutro chegam às mesas brasileiras

Produtos animais de baixo impacto ambiental são realidade no Brasil e devem expandir ainda mais o mercado

Redação

em 30 de junho de 2022


Alimentos com emissões zeradas de carbono já estão chegando na mesa dos brasileiros. Carnes e leites considerados “carbono zero” começam a ser realidade no mercado do país. Pequenas e grandes companhias do setor estão trabalhando para levar o baixo impacto ambiental para o dia a dia dos consumidores

Bem-estar animal influencia

Para chegar na neutralidade do leite, as fazendas brasileiras tiveram que cuidar do manejo com o animal. De acordo com pesquisa feita pela Universidade Federal de Juiz de Fora, vacas com temperamento mais agressivo emitem 36,7% mais metano e produzem menos leite do que os animais mais calmos.

De olho nisso, a Guaraci Agropastoril chegou no “No Carbon”. O leite orgânico é certificado da ONG Iniciativa Verde. Para obter a certificação, a Guaraci submeteu-se a um inventário completo das emissões de todas as fases de produção — desde o metabolismo das vacas, atividades ligadas à produção do leite, até logística, embalagem etc.- e faz a compensação voluntária de carbono por meio do plantio de árvores nativas na própria Fazenda da Toca, que se encontra nos biomas da Mata Atlântica e do Cerrado.

A Fazenda da Toca tem 450 animais e chega a produzir 4 mil litros de leite por dia. “O nosso projeto tem como meta criar um modelo mais regenerativo; produzir proteína animal sem degradar o ecossistema”, disse Luis Laranja da Fonseca, idealizador do projeto NoCarbon ao site BaldeBranco.

Carne zero!

A atuação das grandes empresas também é importante na sustentabilidade da alimentação. A Marfrig, por exemplo, em parceria com a Embrapa Gado de Corte, aportou R$ 10 milhões na nova linha de produtos, a Viva.

Os produtos com esse selo são feitos a partir de rebanhos criados nos sistemas silvipastoris. Ou seja, em que floresta e gado coexistem em um mesmo bioma. Além disso, os animais que produzem esses alimentos recebem nutrição diferente para reduzir a fermentação entérica, o que reduz a emissão de metano.