CNA e Febraban discutem crédito rural

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) está em linha direta com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para discutir a concessão de crédito rural. Os presidentes das duas entidades se reuniram na primeira quinzena de dezembro de 2024 e devem voltar a se encontrar ainda no início de 2025 para aprofundar as discussões.

Para João Martins, da CNA, os esforços da entidade estão concentrados em fortalecer e ampliar a classe média rural, a partir dos atendimentos da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar e da disponibilização de recursos para financiar a produção agropecuária.

Segundo a entidade, os pequenos e médios agricultores e pecuaristas atendidos pela ATeG podem ser beneficiados  pelo CNA Fiagro, ferramenta que concede financiamento de microcrédito exclusivo para essa classe de produtores.  O fundo foi criado diante das reclamações de produtores sobre a burocracia e os altos custos no acesso ao crédito rural oficial.

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“Nem todos os produtores precisam de crédito, mas os que precisam não podem pagar por juros altos. Eles precisam de assistência, tecnologia e recursos para produzir”, disse Martins, em depoimento para a CNA. “Um pequeno produtor de café, por exemplo, precisa de dinheiro para comprar adubo, equipamento e tem dificuldades”, completou. 

Durante o encontro de dezembro passado, o presidente da Febraban, Isaac Sidney Menezes, fez uma apresentação com dados sobre o volume de contratação de crédito rural por ano-safra; o aumento de emissões de Cédula de Produto Rural (CPR) em 2022 e de Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) na safra 2023/24.

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Em tempo: O Plano Safra 2024/2025 ampliou o volume de crédito disponibilizado, prevendo um total de recursos da ordem de R$ 76 bilhões.