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Iniciativa junta premiados do Nobel contra fome 

Combate à crise alimentar mundial reúne premiados famosos e foca em soluções com base na ciência para reduzir a fome

Redação

em 31 de janeiro de 2025


A humanidade tem desafios sérios até 2050, quando a população mundial deve bater na casa dos 9,7 bilhões. Um deles é o a necessidade de aumentar a produção global de alimentos entre 50% e 70%, para garantir a segurança alimentar global. Os problemas em cultivos como trigo e arroz, atualmente estagnados, aumentam ainda mais a questão, de acordo com o especialista agrícola Geoffrey Hawtin.

Ganhador do Prêmio Mundial da Alimentação de 2024, ele liderou a iniciativa de reunir mais de 150 laureados com o Nobel – em várias áreas – para defender a necessidade de reagir à crise alimentar mundial, uma vez que a erradicação da fome é um objetivo distante, pelos dados da ONU

Na agenda positiva dos premiados com o Nobel está o alerta – feito em carta aberta – para o descompasso entre a oferta e a demanda alimentar, agravado por desafios como mudanças climáticas, conflitos e pressões de mercado.

A lista de sugestões de como endereçar as questões inclui o uso de soluções tecnológicas e de iniciativas de economia circular. No primeiro caso, ela inclui o desenvolvimento de cereais capazes de fixar nitrogênio sem fertilizantes e a pesquisa em culturas resistentes a condições extremas. Outra linha de pesquisa apontada envolve o aprimoramento da fotossíntese em grãos básicos.

O rol de iniciativas também contempla a redução do desperdício de alimentos e a criação de novos produtos alimentícios a partir de microrganismos, conforme aponta reportagem da revista Forum. 

No documento dos premiados pelo Nobel, um dos exemplos citados é a produção de milho na África. Segundo os signatários da carta, o continente, que tem atuado na redução de entrega desse alimento considerado básico entre os africanos, enfrenta um impacto climático desproporcional. 

A tempo: entre os ganhadores do Nobel que assinaram o apelo público estão o escritor Wole Soyinka (Nobel de literatura) e o economista Joseph E. Stiglitz (Economia), além personalidades como o Dalai Lama (Paz).