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Mercado de proteína animal precisa se comunicar melhor com o consumidor

A desinformação ainda é um desafio para o setor, que está em pleno crescimento no Brasil, adotando boas práticas

Redação

em 17 de outubro de 2024


O Brasil tem grande potencial para se consolidar como um dos maiores fornecedores globais de proteína animal, de forma sustentável e responsável. Contudo, o mercado local ainda enfrenta alguns desafios, entre eles, o da comunicação. Isso porque algumas pessoas ainda têm um certo receio em relação à produção da proteína animal, e isso, por mais incrível que pareça, não está ligado diretamente à qualidade dos alimentos.

José Luiz Tejon, especialista em marketing rural, declarou em entrevista que o setor enfrenta preconceitos e desinformação. Segundo ele, a melhor maneira de reverter a situação é promover ações que conectem o alimento com a saúde e também valorizem a produção responsável.

Nesse sentido, a produção brasileira de proteína animal cumpre uma série de requisitos para se adequar às melhores práticas e exigências, especialmente dos mercados internacionais, como China, Estados Unidos e União Europeia. “A luta de percepções precisa ser vencida”, aponta o especialista, ao falar sobre a excelência da produção brasileira.

Biosanidade na produção de proteína animal

A biosanidade é um dos pilares do sucesso da produção de proteína animal no Brasil. É isso o que garante produtos de qualidade e livres de doenças. O ponto-chave aqui, segundo Tejon, é unir esforços entre a cadeia produtiva e utilizar uma comunicação cada vez mais empática. 

Apesar de o Brasil ser um dos líderes mundiais na produção de carnes suína e de aves, ainda há um gap entre a percepção do consumidor e a realidade dos processos produtivos. Ao mostrar os avanços tecnológicos, os rigorosos controles de qualidade e a importância das proteínas animais para a saúde, o setor pode fortalecer sua imagem diante do consumidor. 

Sustentabilidade na produção 

A demanda por proteínas animais está em crescimento, muito impulsionada pelo aumento populacional e pela busca por alimentos nutritivos. No entanto, a complexidade das cadeias produtivas e a disseminação de informações equivocadas, muitas vezes, criam um distanciamento entre o produtor e o consumidor.

A sustentabilidade da cadeia produtiva de proteína animal no Brasil merece destaque. Além do uso de tecnologia e boas práticas pecuárias, o melhoramento genético bovino é um aliado nesse movimento, pois pode aumentar a produtividade, contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa e ainda resultar na melhoria da qualidade da carne.

O conceito de pecuária sustentável engloba uma produção baseada em responsabilidade social, ambiental e preocupada com o bem-estar animal. E a produção brasileira tem se adequado para participar deste movimento. 

Rastreabilidade sobre a origem do alimento

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A rastreabilidade está sendo exigida em diversos processos, inclusive para credenciar o Brasil como país exportador de proteína animal. Muito além de comprovar a origem e a qualidade dos alimentos, a rastreabilidade se tornou uma grande aliada da sustentabilidade na produção. Ela  pode assegurar, por exemplo, que a produção não vem de áreas de desmatamento, ou de empreendimentos que não praticam o bem-estar animal. 

A rastreabilidade figura como mais uma ferramenta positiva para o setor de proteína animal, credenciando-o no escopo das boas práticas, pela responsabilidade da origem e a qualidade produzida. 

Nesse sentido, Tejon acredita que a boa comunicação pode aproximar o consumidor da cadeia produtiva. “O que os consumidores esperam é ver a origem dos alimentos. Então, isso se torna uma estratégia inteligente de marketing”, afirmou o especialista.