Marfrig participa de discussão sobre o “futuro da carne”
O uso de tecnologias de pastagens, aliado ao melhoramento genético e à suplementação animal, está mudando definitivamente o agronegócio brasileiro
A evolução do agronegócio nacional permite que os produtos cheguem a diversos mercados internacionais, inclusive aqueles mais exigentes. A visão é de Maurício Manduca, diretor de relacionamento com produtores na Marfrig, que diz que “o Brasil ainda incomoda muita gente nesse segmento”.
“Esse mérito é todo dos produtores brasileiros que investiram no melhoramento do rebanho quando houve oportunidade. O Brasil mais do que dobrou a sua capacidade produtiva para atender ao mercado mundial”, explicou o executivo, que participou do painel “O Futuro da Carne”, realizado durante o Global Agribusiness Forum (GAFFFF).
Segundo Manduca, o Brasil está se mostrando um excelente player, conseguindo atender cada exigência que o mercado estabelece. “Temos habilitações em países como Estados Unidos e México. Japão e Coreia do Sul estão em discussão. E temos a questão da sustentabilidade, das exportações. Definitivamente, é um setor em pleno crescimento”, comentou.
Manduca participou do painel com outros players do mercado que concordam que o atual momento da pecuária de corte, é uma grande oportunidade para o agronegócio. “A partir de investimentos tanto em melhoramento genético quanto em novas técnicas para criação e nutrição, de forma que os animais alcancem a maturidade mais cedo, é possível ter ganhos de produtividade. Isso também impacta em resultados positivos para a sustentabilidade”, disse Manduca.
Mercado internacional
As novas técnicas aplicadas para a produtividade bovina estão apresentando excelentes resultados, por isso já estão sendo consideradas um “caminho sem volta”. Segundo dados apresentados pelos participantes do painel “O Futuro da Carne”, o ano de 2023 registrou cerca de 15 milhões de inseminações bovinas. Nesse sentido, o componente genético é visto como um diferencial pelas empresas do segmento, pois resulta em duas a cinco arrobas a mais do que a média nacional por cabeça de gado.
Exemplo disso é a adaptabilidade brasileira em relação às exigências impostas pela China, nas quais o Brasil conseguiu responder com precisão e obter as certificações necessárias para efetivar as exportações.
“O Brasil tem tido um excelente desempenho diante do desafio das exportações. Ver a China como oportunidade é essencial para habilitar o país como fornecedor de proteína para outros países”, finalizou Manduca.