Pecuária digital combina realidade aumentada e RFID

O uso combinado de realidade aumentada com a identificação eletrônica de animais pode ser uma possibilidade interessante para os pecuaristas. O sensoriamento de rebanho não é novidade, uma vez que é comum o uso de tags, que fazem parte de um sistema de identificação por rádiofrequência (RFID). A novidade é combinar o acesso a esses dados com uso de óculos de realidade aumentada. 

O uso de óculos inteligentes pode permitir a visualização de dados diretamente no campo. No entanto, para acessar informações específicas do animal, é necessária uma conexão entre esses óculos a identificação eletrônica do gado. A solução para isso foi apontada por sete pesquisadores italianos das universidades de Sassari e de Cagliari, em uma pesquisa publicada na revista Nature. 

Os pesquisadores em questão desenvolveram e testaram uma estrutura vestível, chamada SmartGlove, que é capaz de vincular etiquetas RFID de animais e óculos inteligentes de realidade aumentada, por meio de uma conexão Bluetooth, permitindo a visualização de dados específicos do animal diretamente no campo. 

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Outro objetivo do estudo foi comparar diferentes níveis de tecnologias de realidade aumentada (realidade assistida x realidade mista) para avaliar a solução mais adequada para cenários de gerenciamento de gado. 

Testes em cenários reais

Para analisar os desempenhos operacionais das tecnologias, foram estabelecidos dois conjuntos de testes. O primeiro envolveu ensaios realizados em laboratório para avaliar a operacionalidade completa dos recursos em ambiente controlado. O segundo foi realizado na fazenda experimental de ovelhas da Universidade de Sassari, para avaliar as capacidades operacionais da estrutura desenvolvida em um cenário de fazenda real. 

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Os resultados dos testes de laboratório destacaram resultados promissores em relação aos desempenhos operacionais da estrutura desenvolvida, não mostrando diferenças significativas se comparado a um leitor RFID comercial. Durante o teste em campo, todos os sistemas testados foram capazes de executar a tarefa em um curto espaço de tempo, segundo os pesquisadores.