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Práticas ilegais de semente serão combatidas globalmente

Iniciativa para combater o uso de sementes de forma irregular reúne 12 organizações mundiais. Objetivo é combater a oferta de sementes falsificadas, rotulagem fraudulenta e violações de propriedade intelectual

Redação

em 17 de janeiro de 2025


O agronegócio mundial acaba de decretar uma guerra contra as práticas ilegais de sementes. Doze organizações globais assinaram um memorando de entendimento para combater atividades que incluem a oferta de sementes falsificadas, rotulagem fraudulenta, violações de propriedade intelectual, infrações regulatórias e roubos de material proprietário, por meio do uso e compartilhamento incorretos de sementes armazenadas em fazendas.

O movimento é liderado pela Federação Internacional de Sementes (ISF), que reuniu 12 organizações globais para representar os interesses dos profissionais focados na melhoria de espécies vegetais. Entre as entidades que assinaram o documento estão a Associação Africana de Comércio de Sementes (AFSTA), a Aliança de Sementes da Ásia e do Pacífico (APSA), Euroseeds, a Associação de Sementes das Américas, o Gabinete Anti-Infração de Direitos de Propriedade Intelectual sobre Material Vegetal (AIB) e a Comunidade Internacional de Melhoradores de Plantas Hortícolas Reproduzidas Assexuadamente, entre outras.

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O memorando de entendimento histórico foi assinado no Congresso Mundial de Sementes da ISF, realizado em Roterdã, na Holanda, no final de maio de 2023. Segundo o site FWI, o acordo visa aumentar a conscientização sobre práticas ilegais de sementes, promover valor nos setores agrícola e hortícola e fomentar a inovação para agricultores e produtores.

De acordo com a ISF, a iniciativa é crucial para o desenvolvimento de variedades de plantas que atendam às necessidades atuais e futuras dos chamados ‘melhoristas de plantas’, incluindo a tolerância a mudanças nos padrões climáticos e resistência a pragas e doenças.

A entidade também destaca que as práticas globais de sementes ilegais são generalizadas, afetando uma série de países, culturas e cadeias de suprimentos. Dependendo das culturas e geografias, as sementes ilegais podem representar até 50% do mercado e ter consequências para os agricultores, que podem enfrentar sérias perdas de colheita, além de outras questões econômicas.

Embora o custo global da fraude para a indústria alimentícia seja difícil de determinar, dada a natureza clandestina da atividade, as estimativas anuais estão na faixa de US$ 30 a 50 bilhões.