Produção de boi orgânico bate recorde em 2021
Produção de animais classificados como sustentáveis atingiu o maior volume histórico, chegando a 40 mil unidades, segundo associação
O abate de bois orgânicos – animais classificados como sustentáveis – atingiu recorde no ano passado, chegando a 40 mil, segundo Eduardo Cruzetta, presidente da Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável. Ele avalia que esse número deverá dobrar em 2022 e explica que o limite será o “tamanho do Pantanal”. Na avaliação dele, a certificação de carne orgânica e sustentável ganha espaço no mercado e melhora a renda dos produtores.
O especialista se refere ao Pantanal do Mato Grosso do Sul, onde pecuaristas estão investindo na criação do chamado boi orgânico. Para ter essa classificação, ele precisa ser criado solto em um pasto e sem adubação química. A ração e a silagem podem ser usadas para alimentar os animais, desde que sejam orgânicas, e o sal mineral não pode conter ureia, de acordo com a CNN.
Outra informação importante é que a prevenção e o tratamento de doenças dos bois orgânicos são feitos com homeopatia ou fitoterapia e as vacinas obrigatórias são aceitas.
Boi orgânico ou boi verde?
Os bois orgânicos também não devem ser confundidos com os bois verdes, que têm a pastagem livre. Para a criação de um gado orgânico, o pasto só pode receber adubo verde, e a nutrição desses animais deve ser no mínimo 80% orgânica. Além disso, não é permitido o uso de adubação química nas pastagens, como ureia, fósforo, potássio entre outros macronutrientes e micronutrientes, tampouco o manejo da pastagem através do fogo.
Já o boi verde, permite uma nutrição que, embora vegetal, é proveniente da cultura tradicional, sendo que a pastagem pode ser manejada com fogo. Assim como o uso de métodos veterinários, como a transferência de embrião e uso de remédios alopáticos, também são permitidos.