Produção de carne bovina brasileira deve atingir recorde em 2024

A produção brasileira de carne bovina deve atingir a marca de 11,35 milhões de toneladas em 2024 e, portanto, quebrar o recorde nacional. A estimativa é do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e prevê ainda a manutenção da liderança do Brasil como maior exportador mundial da proteína.

O site Canal Rural informou que o aumento no volume de 7,48%, em comparação ao ano de 2023 posiciona o Brasil como segundo maior produtor global. Em primeiro lugar, os Estados Unidos apresentam uma estimativa de produção de 12,14 milhões de toneladas. A partir dessa posição, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, explicou que o “Brasil é esse grande produtor de alimentos graças à nossa agropecuária forte, geradora de renda e oportunidade”.

Na visão do secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, segundo o site gov.br, o crescimento previsto reforça a qualidade dos produtos brasileiros e também contribui para o fortalecimento da economia, a geração de emprego e a sustentabilidade do setor agrícola.

Exigências também aumentam

Para manter o posto de maior exportador de carne bovina do mundo, o Brasil deve ampliar as ações relativas à sustentabilidade da produção, como a rastreabilidade do gado. Isso se deve à maior exigência dos compradores, como a União Europeia, que começa, ao final deste ano, a proibir a importação de produtos agrícolas ligados a áreas onde há desmatamento.

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart, avaliou que “nas discussões técnicas, a rastreabilidade tem alto valor de garantia acerca dos nossos controles sanitários. Quanto mais qualificarmos a nossa rastreabilidade, melhor é a credibilidade do serviço sanitário, o que se reverte em acesso mais rápido a alguns mercados e manutenção de parceiros”. 

Além da produção de carne bovina

Apesar do desempenho da produção de carne bovina, o setor agrícola também revela um crescimento, em julho deste ano em produtos como soja, café, açúcar e algodão. 

Matéria do InfoMoney, baseada em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), mostrou que os embarques de soja passaram de 10 milhões de toneladas, número superior aos 9,7 milhões de toneladas de julho de 2023, por exemplo. O açúcar, por sua vez, se superou em mais de 200 mil toneladas. O balanço do algodão também foi positivo, à medida que as exportações dobraram para atingir o total de 155,7 mil toneladas. Por fim, o café acumulou 188,45 mil toneladas, um acréscimo de 40 mil toneladas.