Genética, manejo e técnicas de pastagem são o futuro da pecuária de corte, defende produtor
Alexandre Bispo destaca, em artigo, a adoção de práticas sustentáveis e inovadoras para que o Brasil ajude a suprir o aumento de demanda por proteína bovina mundialmente
Com sua experiência à frente da Fazenda Progresso de Paraíso do Tocantins, no estado do Centro-Oeste, o economista e produtor rural Alexandre Bispo sintetiza o que ele considera o futuro da pecuária no país.
Em artigo para o site Compre Rural, o especialista citou três investimentos necessários: na genética de touros melhoradores, no manejo sanitário eficiente e em técnicas avançadas de pastagem. Segundo ele, o trio de iniciativas aumentaria produtividade e competitividade do país, ao mesmo tempo que nos posicionaria como uma espécie de “coringa” na garantia da segurança alimentar das próximas gerações.
Bisto defendeu que o futuro da pecuária de corte no Brasil está intrinsecamente ligado à adoção de práticas sustentáveis e inovadoras.
Futuro da pecuária de corte para alimentar o planeta
Em relação à melhoria genética, ele indicou a seleção criteriosa de animais com características desejáveis, como maior ganho de peso, conversão alimentar eficiente e resistência a doenças. Essas características podem levar a rebanhos com maior produção e rentabilidade.
No caso do manejo sanitário adequado, o pecuarista defende o bem-estar e a saúde animal como antídotos para a redução de perdas por doenças. O manejo mais apropriado também contribui para a maior eficiência produtiva no campo, segundo ele.
O terceiro investimento estratégico está focado no manejo mais eficiente e sustentável das pastagens. Nessa iniciativa, ele inclui desde a adubação balanceada até a rotação de pastagens, passando ainda por técnicas como controle de espécies vegetais invasoras. O resultado seria a melhoria da qualidade da forragem e, é claro, a redução da degradação ambiental.
A visão de Bispo considera o mercado potencial de proteína animal que pode ser atendido pelo Brasil. Ele citou os dados da FAO, organismo da ONU ligado à produção de alimentos, que aponta um crescimento de 70% na demanda desse tipo de proteína até 2050. Além de ser um dos grandes produtores de pecuária de corte, o país pode ganhar com os incentivos à produção sustentável.