Foto: Reprodução/ Cáritas Brasileira
segurança alimentar
Foto: Reprodução/ Cáritas Brasileira

Projeto Sumaúma garante segurança alimentar a imigrantes venezuelanos

Iniciativa serve 2,1 mil refeições por dia em Roraima, em projeto coordenado pela Cáritas Brasileira, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

Redação

em 6 de dezembro de 2024


Os imigrantes venezuelanos que entram no Brasil por Roraima são alvo de um programa de segurança alimentar coordenado pela Cáritas Brasileira, organização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), desde agosto de 2022. Com o nome de Sumaúma, também chamado de árvore da vida, o projeto serve, em média, 2,1 mil refeições por dia em Boa Vista, capital do estado. 

A iniciativa tem outros números importantes que mostram o desafio na fronteira Norte do país: das pessoas atendidas pelo Sumaúma, 43% estão fora da faixa típica de trabalho. E mais: no caso de Roraima, os imigrantes têm entrado pela localidade de Pacaraima, ponto de entrada no Brasil, e percorrem cerca de 215 km a pé até Boa Vista. Segundo reportagem do site Neofeed, cerca de 600 mil venezuelanos já chegaram desde 2018. 

Em junho passado, o Sumaúma completou a entrega da milionésima refeição, uma grande conquista, considerando o desafio de atender um movimento no qual 35% das pessoas têm menos de 15 anos. Indivíduos acima de 60 anos são 8% do total, o que confirma a vulnerabilidade dos imigrantes.

Foto: Reprodução/ Cáritas Brasileira

Duas características pautam o trabalho: manter o valor nutricional das refeições, com pelo menos cinco grupos alimentares, e a preocupação com as tradições culinárias da população imigrante. Isso significa, por exemplo, ter um cardápio de sopa para idosos. No caso das crianças, as opções de mingau também foram ampliadas. Os nutricionistas também organizam a alimentação para oferecer bolinhos de farinha de milho – arepas –, assim como adaptar o consumo de feijão ao gosto dos venezuelanos. 

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Foto: Reprodução/ Cáritas Brasileira

Além da alimentação, o projeto tem focado na orientação nutricional, destacando a importância da alimentação e, inclusive, com informações sobre aleitamento materno. Cerca de dez mulheres com bebês passam por dia pela sala de assistência montada para orientação sobre aleitamento. 

O Sumaúma é financiado pela agência USAID, dos Estados Unidos, e recentemente recebeu um reforço de R$ 100 mil do prêmio Pacto contra a Fome.