Sistema PPS melhora desempenho da pecuária de criação

A Embrapa Agrossilvipastoril, baseada no Mato Grosso, desenvolveu uma recomendação especifica de manejo a partir de sua experiência de dez anos de estudo dos sistemas de integração lavoura-pecuária floresta (ILPF). Trata-se do Sistema PPS, sigla para precocidade, produtividade e sustentabilidade. 

Na prática, a recomendação indica a rotação do rebanho em diferentes sistemas produtivos, de forma a obter maior ganho de peso e ter maior produção hormonal e de anticorpos, resultando em maturidade e melhor resposta do sistema imune. Ao mesmo tempo, ao adotar sistemas com baixa emissão de carbono ou que neutralizam as emissões, tem-se uma produção pecuária mais sustentável.

O Sistema PPS usa mais de um método de produção na fazenda e o manejo deve ser feito combinando a presença de áreas com integração lavoura-pecuária e também áreas com ILPF ou silvipastoril (integração pecuária-floresta, ou IPF). Além de melhorar o comportamento animal, o sistema também beneficia o meio ambiente em termos de dinâmica de carbono, na avaliação da Embrapa.

Bem-estar animal melhora a produtividade

O processo começa quando as matrizes precisam ter níveis hormonais mais elevados para que possam ciclar. Ao reduzir o estresse calórico, por meio do acesso à sombra das árvores, tem-se um melhor balanço hormonal. Dessa forma, recomenda-se que esta categoria animal seja levada para áreas com integração pecuária-floresta, até que sejam emprenhadas. 

Na etapa seguinte, quando o ganho de peso passa a ser importante para o desenvolvimento e o crescimento do feto e para melhoria do escore corporal do animal, o lote de matrizes é conduzido para a ILP. 

Próximo ao parto, as fêmeas retornam ao pasto sombreado, onde poderão reforçar seu sistema imunológico, passando anticorpos para os filhotes. Os partos ocorrem no sistema silvipastoril, proporcionando melhor conforto térmico para os recém-nascidos.