Brasil apresenta taxonomia sustentável na COP29
Sistema facilita adoção de economia verde; meta do Brasil agora é reduzir emissões de GEE em 67% até 2035
A delegação brasileira deve oficializar a taxonomia sustentável na COP29, que acontece no Azerbaijão. Definida como o sistema de classificação que identifica quais atividades econômicas podem ser consideradas sustentáveis na visão do país, a taxonomia é importante por ter uma abordagem estruturada. Ao mesmo tempo que facilita o desenvolvimento da economia verde, ela também ajuda a combater ações enganosas, como o greenwashing.
De acordo com o site Capital Reset, a taxonomia brasileira não é apenas ambiental, mas também social e inclui o setor rural. No total, seriam oito cadeias de valor abordadas pelo documento, entre elas algumas de forte apelo social e de biodiversidade, incluindo as de cacau, peixes e espécies nativas.
Nova meta
O Brasil também vai reforçar sua meta de redução de gases estufa (GEE) até 2035 na COP 29. Agora, o objetivo do país é de atingir 67% de diminuição de GEE em relação ao que foi emitido em 2005. A nova meta supera os 59% anteriormente estipulados e faz parte da chamada Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), documento oficial em que cada país especifica quais são seus objetivos em relação ao tema. O novo patamar será oficialmente apresentado na COP 29, que acontece no Azerbaijão.
Segundo a Agência Brasil, várias ações em andamento estão na base da nova meta, entre elas o Programa de Recuperação de Pastagem Degradada, colocando o agronegócio no centro do debate. O setor também é participante ativo dos Planos de Prevenção e Controle do Desmatamento de todos os biomas. Além eles, iniciativas importantes incluem o Plano ABC+, Plano Combustível do Futuro, Plano de Transição Energética, Programa Nova Indústria Brasil, Planaveg e Programa Florestas Produtivas.
A principal vitrine da implementação da NDC é o Plano Clima, que enumera ações do Brasil até 2035 e que o país já tem se dedicado com afinco a combater o desmatamento. O plano terá eixos voltados à redução de emissões de gases de efeito estufa (mitigação) e à adaptação aos impactos da mudança do clima, com planos setoriais para cada um deles. Ao todo, serão sete de mitigação e 16 de adaptação.
É importante lembrar que a primeira meta estabelecida pelo país data de dezembro de 2020 e determinava como objetivos a redução de 37% das emissões de gases de efeito estufa em 2025 e de 43% em 2030. A segunda versão atualiza os números, formalizando o compromisso de o país reduzir o volume de gases. Nos dois casos, o parâmetro é o nível de emissões registrado em 2005.