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Técnicas da Pecuária avançam para descarbonização, mostra Um Só Planeta

Com programas de compensação ambiental e melhorias na alimentação dos animais, líderes da pecuária visam a neutralidade de carbono no futuro próximo

Redação

em 11 de julho de 2022


A pecuária brasileira avança na busca por formas de reduzir a emissão de metano dos animais ruminantes. De acordo com a Embrapa, três frentes têm se destacado nesse sentido, e uma delas vai na linha de aumentar a eficiência da operação, trabalhando na precocidade dos animais. Outra frente é a compensação de carbono por meio de programas ambientais e integração pecuária-lavoura-floresta.

Nessa linha, a Marfrig tem avançado consistentemente, segundo reportagem do Um Só Planeta. A matéria destaca o lançamento da marca Viva, em parceria com a Embrapa, em 2020. Trata-se de uma linha de carne carbono neutro, produzida com a neutralização de gases do efeito estufa ao longo da cadeia de produção.

A corte parte de animais criadas em fazendas certificadas no Mato Grosso do Sul. Os gados são criados em sistema chamado silvipastoril, que integra animais com o pasto e árvores, ou agrossilvipastoril, que mistura lavoura, pecuária e floresta.

A ideia é que os gases gerados durante a produção de carne bovina sejam compensados pela manutenção de uma área verde no local de produção. A Marfrig quer aumentar o volume de produção e expansão da linha, que já está nos supermercados brasileiros.

Neste ano, segundo a reportagem, a empresa promete lançar ainda a “carne baixo carbono” (CBC) como complemento do portfólio.

Outro destaque da reportagem do Um Só Planeta é o avanço na alimentação dos bovinos, a fim de reduzir naturalmente a emissão de gás metano relativo à fermentação entérica dos animais. Nesse aspecto, a matéria cita um programa que adicionou o suplemento Bovaer na alimentação do gado confinado.

O projeto-piloto começou com 30 mil bovinos da cadeia de criação da companhia em Rio Brilhante (MS). Eles receberam um quarto de colher de chá por kg do suplemento na ração. O aditivo é adicionado no terço final de vida de animais e, segundo a reportagem, não interfere na qualidade da carne.

Segundo a matéria, o Bovaer teria potencial de reduzir em até 90% as emissões entéricas de metano. Pesquisas na Unesp (Universidade Estadual Paulista), porém, mostraram reduções de até 55%, ainda de acordo com o Um Só Planeta.