zona livre de febre aftosa

Zona livre de febre aftosa: SP quer reconhecimento internacional

O Estado de São Paulo, um dos mais importantes da economia brasileira, está adaptando o rebanho para conquistar certificação internacional

Redação

em 27 de fevereiro de 2024


O Estado de São Paulo está lutando para conquistar o reconhecimento internacional de zona livre de vacinação contra a febre aftosa. Para isso, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) está colocando em prática diversas ações, sob a orientação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O plano do Estado de São Paulo será apresentado à Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) em agosto (2024), e a previsão é de que se consiga o reconhecimento internacional em maio de 2025.

O estado realizou a última campanha em novembro de 2023 e, de agora em diante, adotará novas medidas para manter a saúde do rebanho pecuário.

“São ações que, assim como para a retirada, precisarão do empenho de todo o setor produtivo envolvido, uma vez que a vigilância será um dos principais métodos de prevenção da doença, além de promover também a detecção precoce no caso de reintrodução da enfermidade”, explicou Breno Welter, médico veterinário e gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa (Peefa).

Estratégia nacional para zona livre febre aftosa

O Mapa já autorizou a suspensão da vacinação no Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Roraima e Sergipe, que terão a última etapa em abril de 2024. A medida faz parte da estratégia nacional para que estes estados acompanhem os demais, extinguindo a restrição de animais e produtos.

De acordo com o Mapa, serão adotadas algumas medidas em todo território nacional para que o Brasil seja um país totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026. Mas, para isso, o Ministério publicará uma normativa indicando que, a partir de 1º de maio (2024) haverá restrição sobre a movimentação de animais e de produtos entre os Estados autorizados a suspender a vacinação e os outros que ainda a praticam. Entre os estados que manterão a vacinação do rebanho contra febre aftosa estão: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e parte do Amazonas.

Segundo o Ministério, a restrição se faz necessária, uma vez que a Omsa exige a suspensão da vacinação contra a doença por pelo menos 12 meses.

Com a retirada da vacinação, o produtor deixa de vacinar o rebanho, mas precisará emitir um certificado de declaração relativo aos meses de maio e de novembro (datas em que eram aplicadas as vacinas). Na declaração devem constar todos os animais sob responsabilidade do empreendedor (bovinos, equinos, suínos, ovinos, caprinos e aves).