Foto: Gabriel Rezende Faria/Embrapa
Foto: Gabriel Rezende Faria/Embrapa

Mapa reforça viés de sustentabilidade na recuperação de pastagens 

Mapa tem contatado instituições internacionais para atrair investimentos

Redação

em 4 de julho de 2024


A criação do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está avançando. Em maio, o ministro da pasta, Carlos Fávaro, destacou que foram assinados atos com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) para apoio o programa.

A informação do site Acrissul reforça que o Mapa trabalha na defesa do viés de sustentabilidade para impulsionar o PNCPD. O processo de convencimento também envolve contato com outros países, casos dos investidores árabes contatados por Fávaro em junho, durante evento sobre energia no Rio de Janeiro. 

Dobrar a produção sem desmatar

O PNCPD prevê a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis, podendo praticamente dobrar a área de produção de alimentos no Brasil sem provocar desmatamento, evitando a expansão sobre áreas de vegetação nativa, no prazo de dez anos.

De acordo com o ministro, o programa já tem uma metodologia estabelecida e está em linha com vários setores da agropecuária brasileira, a fim de que ele seja um “norte” para o futuro. Segundo ele, o Brasil assume cada vez mais compromissos com a sustentabilidade e com uma produção que respeita o meio ambiente.

O programa de recuperação de pastagens, no entanto, ainda não tem metas nem ações estabelecidas.  Caberá ao Comitê Gestor Interministerial do PNCPD, criado em março, junto com três Grupos de Trabalho (GTs) – GT Financeiro e de Investimentos; GT Tecnologia e Conhecimento; e GT Comunicação – desenvolver o planejamento do programa.

A expectativa do ministro é de que a iniciativa atraia interesse do capital internacional, abrindo novos mercados, como o de ativos de sustentabilidade. Além de incluir linhas de crédito para os produtores realizarem práticas sustentáveis nas áreas degradadas, Fávaro também espera apoio do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na captação de recursos externos.