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IA é essencial para produtividade agrícola em meio a demanda acentuada

Projeção indica crescimento de IA no mercado agrícola de R$ 15 bilhões entre 2023 e 2028

Redação

em 24 de maio de 2024


De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), será necessário um aumento na produção de alimentos em 60% para suprir uma população de 9,3 bilhões de pessoas, até 2050. O desafio é grande, mas a inteligência artificial (IA) pode ajudar a vencê-lo. É o que mostra uma projeção recente da  FAO, segundo a qual as aplicações de IA nesse setor partirão de US$ 1,7 bilhão, contabilizadas em 2023, para US$ 4,7 bilhões, até 2028.

Ao longo do processo, a agricultura convencional pode se deparar com condições que afetam o rendimento agrícola e que, por consequência, diminuem a oferta de alimentos no mercado. Entre elas estão as pragas e doenças, a degradação do solo e escassez de água, além do avanço das ervas daninhas. 

Uma reportagem da Forbes avaliou o relatório da FAO e listou as principais contribuições da inteligência artificial para os produtores agrícolas. Confira a seguir.

Controle de pragas

As pragas devoram 40% da produtividade agrícola global por ano, o que corresponde a, pelo menos, US$ 70 bilhões. Sendo assim, a identificação e o controle dessas pragas é fundamental para que a produção consiga operar com maior eficiência. Para isso, tecnologias que disponibilizam o histórico de pragas, imagens de alta resolução captadas por drones e dados meteorológicos são utilizadas em conjunto com a IA.

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Foto: Divulgação/ Trapview

A empresa de monitoramento e armadilhas Trapview, por exemplo, atrai as pragas através de feromônios e as fotografa. Em seguida, com o auxílio de IA, a empresa identifica a espécie para o ter como referência de estudo. Através de dados de localização e meteorológicos, consegue gerar insights acerca do impacto que tal praga pode causar. Assim, os produtores conseguem planejar e executar intervenções capazes de reduzir as perdas.

Qualidade dos solos

Apesar dos benefícios que a qualidade do solo e a otimização de água podem trazer, a degradação compromete, atualmente, 33% dos solos do planeta, o que corresponde a cerca de US$ 400 bilhões em prejuízos. Diante desse contexto, sensores subterrâneos, drones, satélites, entre outros, são utilizados para aferir as condições do solo e prever as suas necessidades, como a falta de água.

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Foto: Divulgação/ CropX

Empresas especializadas, como a CropX, são capazes de fornecer plataformas de gestão agrícola que recorrem a dados em tempo real para avaliar os desempenhos agrícolas, os índices de vegetação e de umidade do solo, assim como informações sobre os tipos de solo. A partir dessas informações, os produtores podem traçar estratégias de cultura de manejo que otimizem o uso de água, reduzam o uso de fertilizantes e promovam rendimento maior.

Ervas daninhas

As ervas daninhas são capazes de causar perdas econômicas de US$ 32 bilhões anuais, quando se considera as cerca de 1,8 mil espécies mapeadas. Essas pragas consomem recursos importantes da agricultura e, por isso, podem reduzir a produção vegetal em cerca de 31,5%.

Foto: Divulgação/ Carbon Robotics

Como exemplo de controle das ervas daninhas, a Carbon Robotics utiliza algoritmos de aprendizagem profunda em um sistema capaz de identificar as ervas a partir dos dados obtidos por câmeras de alta resolução, que cobrem os campos em tempo real. Após essa etapa, é feito o controle de alta precisão através da robótica e lasers.