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Grupo faz emissão de “CPRs Verdes” para compensar CO2

Diax emitiu R$ 1,2 bilhão em Cédulas de Produto Rural na tentativa de promover a compensação de emissões de carbono

Redação

em 29 de maio de 2024


O grupo brasileiro Diax emitiu aproximadamente R$ 1,2 bilhão em Cédulas de Produto Rural (CPRs) relacionadas às atividades de conservação e recuperação de florestas nativas da Amazônia. A intenção é compensar o equivalente a 9 milhões de toneladas de carbono. O escritório Souza Barquette Advogados realizou o registro da operação na bolsa B3.

De acordo com o noticiado pela Forbes, a emissão de “CPR Verde” tem o intuito de negociar créditos de carbono e estimular a governança socioambiental corporativa. No caso da Diax, o “CPR Verde” foi lastreado em uma área de vegetação nativa com cerca de 20 mil hectares, adquirida pelo grupo na região de Novo Aripuanã, no estado do Amazonas.

“Esse é um dos maiores projetos existentes até hoje e, com a viabilidade jurídica, abrimos ao mercado a possibilidade de qualquer empresa realizar a compensação das emissões de carbono por meio da aquisição das CPRs Verdes”, declarou o advogado Vinícius Souza Barquette, especialista em agronegócio.

“CPRs Verdes” criam oportunidade

Com a aquisição da “CPR Verde“, empresas de todo o mundo podem contribuir com o projeto conservacionista Green Guardians, conduzido pelo Diax. O projeto tem como propósito salvaguardar o meio ambiente e fomentar o desenvolvimento social e econômico das comunidades locais.

De acordo com Barquette, a viabilização jurídica do registro das “CPRs Verdes” na B3 é uma oportunidade para outras empresas ou grupos interessados em compensar suas emissões. “Ainda não temos um espaço para as empresas realizarem essas aquisições, mas, agora, há a possibilidade de se obter uma CPR registrada, que permite a compensação das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)…”, justificou o advogado.

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Sistema de compensação de emissões

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Para cada tonelada emitida de carbono, as empresas investirão o equivalente à quantia que pretendem sequestrar da atmosfera. Nesse caso, o valor de cada tonelada de CO2 foi definido em R$ 130,60. Um laudo técnico emitido pela certificadora CO2 Florestal Engenharia e Projetos Ambientais justifica e atesta o potencial de sequestro de carbono na área.