agro regenerativo

Saiba o que é e a importância do agro regenerativo

Modelo prega a produção mais sustentável de alimentos em toda a cadeia

Redação

em 3 de junho de 2024


O modelo tradicional de produção do agronegócio pode ser aperfeiçoado nos próximos anos, segundo reportagem da Forbes. Entre as mudanças previstas estão soluções que também atendam ao combate às mudanças climáticas. De acordo com a publicação, esse movimento tem sido pautado pela demanda dos consumidores por práticas mais sustentáveis da cadeia de fornecimento, combinadas com novas rotas de produção do setor. Com isso, um novo termo ganha relevância: agro regenerativo. 

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A agricultura regenerativa é definida como um movimento que aborda a crise climática com práticas que sequestram mais carbono no solo e ajudam a tornar as terras agrícolas e comunidades locais mais resilientes, na definição do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais (NRDC, na sigla em inglês), grupo com base nos Estados Unidos, formado por cerca de 3 milhões de ativistas. 

Transição para o agro regenerativo

agro regenerativo

A transição para esse novo tipo de agricultura é complexo, segundo Christopher Marquis, professor de gestão chinesa na Universidade de Cambridge. Para ele, a mudança de práticas exige o trabalho mútuo entre agricultores com visão de futuro, parceiros financeiros e varejistas. Há uma razão para essa integração: a maior parte das emissões relacionadas aos alimentos tem como origem a agricultura e o uso da terra.

Se a aposta dos defensores do agro regenerativo avançar, será possível reduzir os atritos dos produtores agrícolas tradicionais em transicionar para o novo modelo. Na avaliação de Michelle Hayward, fundadora da Bluedog, consultoria de estratégia de negócios e marketing com sede em Chicago, o processo envolveria iniciativas de longo prazo que incentivem a inovação, priorizem a sustentabilidade e promovam mudanças em todo o setor.

A agenda de transição pode envolver várias abordagens inovadoras, como agregar ingredientes com baixo impacto no uso da água em novos produtos e o compromisso em investir em  práticas regenerativas e/ou orgânicas na produção de alimentos. Mesmo que o processo seja imperfeito, a indicação dos especialistas é de cultivar lavouras de forma regenerativa, compreendendo que a produção em escala de alimentos sustentáveis é um processo de longo prazo.