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6 carreiras top para o agro em 2023

Pesquisa do PageGroup inclui de desenvolvedor de software a Chief Sustainability Officer (CSO)

Redação

em 9 de fevereiro de 2023


Uma pesquisa da consultoria PageGroup aponta seis carreiras que devem “bombar” no mercado de agro em 2023. O levantamento foi divulgado pela Forbes e mostra que há ocupações com salários que podem chegar a R$ 60 mil reais. 

Para Lucas Toledo, diretor executivo do PageGroup no Brasil, “passado o período mais crítico da pandemia, chegou a hora de ter um olhar mais atento para a operação. É nessa direção que boa parte das companhias deve se orientar, buscando as melhores formas de administrar seu negócio”,  afirma. Confira abaixo a lista das seis carreiras top no agro. 

Desenvolvedor de Software

Com salários entre R$ 7 mil e R$ 15 mil, esse profissional integra o time técnico das empresas e startups que trabalham com o desenvolvimento de sistemas para a criação de novos produtos e soluções para o setor do agronegócio. As exigências do cargo incluem “forte conhecimento em programação e diversas linguagens, vivência em ambiente de franca expansão/startups, além de ambiente cloud e metodologias ágeis”, segundo o levantamento. 

Também é importante uma base em segmento próximo ao agronegócio e encaixe com os valores pregados dentro do setor. E, entre os motivos da alta procura, estão a adoção de novas tecnologias no campo, em função de seu potencial em incrementar os resultados na fazenda, e da implementação de soluções de inteligência artificial, IoT (internet das coisas), marketplaces e outras.

Gerente Agrícola

Os rendimentos oscilam entre R$ 25 mil e R$ 35 mil para o profissional focado na organização da estrutura de uma fazenda, desde o plantio até a colheita. Uma de suas principais funções é garantir que a produtividade seja a melhor possível, por meio de cuidados com manejo e os tratos culturais. 

A manutenção do campo e o gerenciamento dos números também são vitais para evitar que ocorram perdas na colheita. Segundo o PageGroup, “os candidatos devem possuir grande habilidade em gestão de pessoas e conhecer muito bem sobre as culturas em que trabalham”. Para isso, o gerente deve ter conhecimento amplo dos principais indicadores para calcular o sucesso da fazenda (produtividade, qualidade, estoque, dentre outros). 

Segundo a PageGroup, o gerente agrícola está sendo procurado porque empresas que buscam a liderança precisam olhar para “dados/indicadores e aplicação de técnicas de gestão no campo”.

Gerente de Unidade

Os salários estão na mesma média do gerente agrícola (R$ 25 mil a R$ 35 mil), mas a ocupação é diferente e o gerente de unidade é o principal responsável pela parte industrial das unidades do setor do agronegócio. O levantamento aponta que os candidatos para essa vaga “devem possuir grande habilidade em gestão de pessoas e conhecer muito bem os processos produtivos”. 

Entre os motivos da alta procura está o fato do agro procurar uma renovação para este cargo, pois muitos profissionais ainda têm um “modelo de gestão antigo, sem olhar indicadores de desempenho e num modelo de comando e controle”, aponta o PageGroup. No modelo, também conhecido como C², o estilo de liderança coloca o gestor acima de todos os funcionários. Esta forma tem sido considerada ultrapassada, por minar a criatividade e desenvolvimento da equipe. No agro, o sistema lean tem se tornado cada vez mais comum.

Gerente de compras

Com média salarial entre R$ 20 mil e R$ 30 mil, o profissional dessa área é muito ligado à compra de materiais da categoria de commodities agrícolas. Sua tarefa é definir a melhor estratégia, baseada em inteligência de mercado, para a gestão e negociação de suprimentos. Grande parte disso está ligado ao desenvolvimento de fornecedores e à gestão de contratos de compra, garantindo qualidade aliada ao menor preço de mercado possível. 

Os contratantes desta vaga esperam “habilidade em negociação, vivência com ferramentas estratégicas de análises de custos e atuação com mercado futuro”. Outro ponto importante é o inglês avançado, fundamental para realizar negociações com outros países.

CSO (Chief Sustainability Officer)

Esse é o executivo cujos salários podem chegar a R$ 60 mil, o que reflete a dificuldade do mercado em encontrar um profissional chave no mercado crescente do agro. Este profissional de sustentabilidade, que reporta ao CEO ou conselho de administração, é o responsável pelas políticas de governança e ações sociais das corporações. Para isso, trabalha com a “construção de políticas, definição de metas, gestão de stakeholders, garantia do cumprimento de normas, execução das ações e se envolvendo em certificações e preparação de relatórios corporativos”. Sua atuação é transversal na empresa e também deve estar ligada aos principais movimentos que são cobrados por investidores e pela sociedade. 

Os perfis de profissionais colocados neste cargo já atuaram em áreas como saúde, segurança e meio ambiente, marketing, finanças e até recursos humanos.

Gerente de Assuntos Regulatórios

Com média salarial entre R$ 29 mil e R$ 35 mil, esse executivo ajuda a destravar a liberação de produtos comercializáveis que devem passar por aprovação técnica de órgãos governamentais, como o Ministério da Agricultura e Pecuária e a Anvisa, por exemplo. O gerente cuida de adequações normativas, renovações e fica atento aos conceitos legais, planejando o lançamento e renovação do registro de produtos. 

Normalmente também acompanha estudos de estabilidade com lotes criados para teste, a fim de comprovar a eficácia e consistência dos produtos. A visão macro do negócio e o planejamento estratégico, em consonância com diferentes áreas, são características imprescindíveis para o gerente. Entre os motivos da alta procura por ele está o interesse de empresas já consolidadas em lançar novos produtos que atendam às demandas dos produtores. As constantes mudanças legais em regulamentos também motivam a busca de empresas pelos gerentes de assuntos regulatórios.