Agritech brasileira leva inteligência artificial e IoT para a pecuária

A tecnologia que faz a Alexa funcionar pode chegar nas fazendas. É no que acredita a agritech brasileira Rúmina,  que criou um ecossistema com outras empresas digitais para levar inteligência artificial para as fazendas de pecuária leiteira e de corte no Brasil.

Recentemente, a Rúmina recebeu investimento de R$ 25 milhões, liderados pela Barn Investimentos e Indicator Capital. A startup nasceu com uma base de dados que reúne informações de 7 mil fazendas e um rebanho leiteiro de 1,3 milhão de vacas, que equivalem, segundo ela, a 10% das fazendas produtoras de leite do país.

A quantidade de dados, bem como a conexão com um ecossistema de startups, permitiu a criação da Rúmi, uma plataforma de inteligência artificial que apoia a tomada de decisão de fazendeiros. O sistema avalia a chance de cura de mastite para as vacas, além de analisar também os protocolos e tratamentos utilizados. A Rumi ainda ajuda com insights para grandes produtores de laticínios. 

IoT nas Agritechs Brasileiras

Outra empresa que faz parte do ecossistema da Rúmina é a Volutech, que oferece sensor que monitora, em tempo real, a qualidade do leite nos tanques das fazendas a partir da análise da temperatura e volume do leite produzido. O próximo passo da Volutech é instalar sensores nos caminhões de entrega de laticínios para fechar a captação de dados da cadeia. 

A Ideagri também faz parte do ecossistema e conta com um software de gestão para fazendas de leite, assim como a Bovitech, uma produtora deste software apenas para fazendas de gado de corte. Ao conectar todos esses dados, a inteligência artificial da Rúmina ganha poder de predição de comportamento do gado. 

Fintech + Agritech

O último elo dessa cadeia é a união da inteligência de dados com o produtor na ponta e isso cabe â Rúmicash, uma fintech ligada ao crédito para o pecuarista de laticínios. A Rúmicash está conectada nos dados das fazendas e consegue antecipar o pagamento para os pecuaristas e também entender o seu score de crédito, baseando-se na quantidade de produção e entrega. A fintech antecipa recebíveis de leite ou dá empréstimos a curto prazo.