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Bem-estar animal dá lucro, afirmam especialistas

Em painel dedicado ao tema na Tecnocarne, especialistas da BRF e outras companhias defendem avanço do bem-estar animal

Redação

em 30 de junho de 2023


Em painel dedicado ao tema na Tecnocarne, especialistas da BRF e outras companhias defendem avanço do bem-estar animal

O bem-estar animal também foi tema do Fórum de ESG, na Tecnocarne, que incluiu ainda a melhoria do ambiente de trabalho, como forma de refletir os efeitos no produto final. A gerente de Bem-Estar da BRF, Josiane Galho Busatta, afirmou que o tema é uma das bases da cadeia. “O cuidado com o animal é fundamental”. Ela lembrou que a cadeia de sustentabilidade é complexa, e começa desde a produção da ração, passando por todos os cuidados.

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Josiane Galho Busatta

Josiane deixa claro que é importante conscientizar todos os elos, implantando isso de ponta a ponta. Todos devem ter o conceito básico e, a partir daí, ser feito um trabalho de aprimoramento das práticas.

O CEO da Korin Alimentos, Luiz Carlos Dematté Filho, por sua vez, disse que o processo inclui um período de convencimento e conscientização dos fornecedores, mas há um reconhecimento interessante. À medida que há uma mudança na maneira de pensar no animal, há também melhorias na família do produtor, que passa a incrementar cuidados também na condução da família. “A prática gera benefícios combinados. A própria ciência vem mostrando que as práticas de bem-estar animal contribuem para o desenvolvimento social e econômico de produtores”, disse.

O jornalista Valter Puga Júnior, do Sistema Brasileiro do Agronegócio, mediou o painel sobre bem-estar animal durante a Tecnocarne e questionou aos entrevistados se a prática dá lucro. Josiane afirmou que, não só dá lucro, como também é o futuro do agronegócio. “Bem-estar animal dá lucro sim, pois você consegue entregar um produto com qualidade, tem menos condenação no frigorífico e, assim, evita uma enormidade de perdas, tanto econômicas, quanto ambientais”, disse.

Já Dematté afirmou que os produtores que não adotarem tais práticas vão acabar saindo do mercado. “A sociedade vem cada vez mais reconhecendo a importância do bem-estar animal e dando um feedback muito interessante. A prática é lucrativa, traz resultados compartilhados e esses benefícios se estendem não apenas na cadeia, como também geram externalidades positivas”, concluiu.