sorveteria sustentavel

Brasileira faz sucesso na Irlanda com sorveteria sustentável

Empreendimento em Dublin produz cerca de 5 mil litros de sorvete por mês e já reaproveitou 10 toneladas de alimentos no total

Redação

em 20 de outubro de 2022


A brasileira Giselle Makinde faz sucesso na Irlanda vendendo sorvetes cuja matéria prima são frutas descartadas. O negócio tem o nome sugestivo de Cream of the Crop, algo como creme da colheita, e produz cerca de 5 mil litros de sorvete por mês, segundo reportagem da Forbes. Além de ser bem sucedido, pois funciona desde 2018, o empreendimento é sustentável, pois usa frutas descartadas como matéria-prima. 

sorveteria sustentavel
Reprodução: Perfil Instagram (@creamofthecropfood)

Segundo Giselle, mais de três toneladas de frutas são recebidas em seu depósito em Dublin. O diferencial é que esse volume iria para o lixo caso não fosse reaproveitado na sorveteria. “As bananas são descartadas por não estarem dentro dos padrões exigidos por supermercados ou restaurantes, mas estão maduras e perfeitas para serem consumidas”, informa a empreendedora, que já trabalhava com alimentos no Brasil. 

Sorveteria sustentável já reaproveitou 10 toneladas de alimentos

Ela destaca que a Cream of the Crop já teria reaproveitado 10 toneladas de alimentos desde que foi criada há quatro anos. Em função de sua filosofia de negócios, Giselle considera a empresa não apenas uma sorveteria, mas uma startup da área de alimentos. 

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Reprodução: Perfil Instagram (@creamofthecropfood)

A brasileira lembra ainda que um dos incentivadores de seu projeto foi a constatação de que, em nível mundial, o volume de comida descartada chega a 2 bilhões de toneladas por ano. Dentro desse universo, Giselle destaca as frutas como o grupo de alimentos mais difícil de se reaproveitar, em função dos materiais a serem descartados estarem maduros demais ou com pequenos machucados. 

Por outro lado, frutas nessas condições poderiam ser congeladas e reaproveitadas e a produção de sorvete apareceu como solução. Outro ponto positivo é que os irlandeses estão entre os maiores consumidores de sorvete da Europa, fechando o círculo virtuoso e o projeto de economia circular da brasileira.