consumo de carne

Consumo de carne vai aumentar 15% no mundo até 2031, diz OCDE

Crescimento populacional e melhora da economia em países em desenvolvimento vai puxar a demanda por proteína animal

Redação

em 1 de setembro de 2022


O consumo de carne vai aumentar em 15% no mundo de 2021 até 2031, projetam a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Em relatório, as entidades apontam que as pessoas vão voltar a comer mais na rua, elevando os “food services” e também vão ter uma alteração no tipo de dieta nos próximos dez anos. 

Crescimento econômico e consumo de carne

A estimativa é de que o consumo global de carne bovina aumente em mais 76 milhões de toneladas até 2031. “O crescimento econômico é um importante impulsionador do consumo de carne, pois permite a compra de carne, que normalmente é uma fonte mais cara de calorias e proteínas. Ele também é acompanhado por outras mudanças estruturais, como maior urbanização, maior participação no trabalho e gastos com serviços de alimentação fora de casa, que também incentivam maiores compras de carne”, indica o relatório da OCDE.

De acordo com as projeções da OCDE, outro fator que ajuda a elevar o consumo de carne nos próximos dez anos é o crescimento populacional em 11%. Além disso, haverá uma retomada da demanda chinesa por alimentos de origem animal, pois a China deve se recuperar após a queda que teve durante o começo da pandemia. O consumo per capita lá tende a aumentar 10% até 2031.

Carne de aves tem destaque

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Do outro lado, haverá aumento na oferta de proteínas animais. Segundo a OCDE, a oferta de frango vai aumentar 16%, enquanto a de carne bovina deve aumentar em quase 10% até 2031. 

A expansão global do rebanho, especialmente na China, combinada com a melhoria contínua na criação, manejo e tecnologia animal, aumentará a produtividade, principalmente em países de baixa e média renda, e isso impulsionará o crescimento da produção.

Uma das explicações da OCDE para o aumento da oferta de carne bovina está, na verdade, no aumento da produtividade do segmento. Ao mesmo tempo, o “off-take”, ou a quantidade de carne produzida por animal, também aumentou substancialmente ao longo do tempo. Isso significa que menos animais são necessários para produzir um determinado nível de carne”, diz o relatório.