Dados e digitalização ajudam fazendas a reduzir emissões

A busca por descarbonizar a cadeia produtiva da pecuária passa diretamente pelo uso de tecnologia. No Reino Unido, um aplicativo tem mostrado que é possível que fazendas reduzam as emissões de gases do efeito estufa de sua criação a partir de conexão e análise de dados.

Chamado Breedr, o aplicativo possibilita que fazendeiros fiquem de olho em métricas como peso, genética, saúde e medicação do gado. Capturando esses dados, os fazendeiros conseguem fazer mudanças pontuais – e certeiras – para melhorar a qualidade de vida dos animais e isso, na ponta, se traduz em menos emissões de CO2.

Dados no centro

Segundo a empresa, as fazendas britânicas que usam o aplicativo emitem 28% menos CO2 do que a média da indústria. No geral, cada fazendeiro usuário do aplicativo reduziu em 17% as emissões de CO2. “Criamos o Breedr para colocar os dados no coração da fazenda. Ao permitir que os fazendeiros criem animais mais saudáveis, a gente ajuda a transformar a indústria”, comentou o fundador e CEO do aplicativo, Ian Wheal, ao site Food Navigator.

Animais mais saudáveis crescem mais rápido e emitem menos metano ao longo da vida. Ao entender como os dados da fazenda se conectam entre si, é possível, por exemplo, mover um grupo de animais de lugar ou ajustar a alimentação deles. 

Eficiência na venda

O uso da ferramenta digital também permite que o fazendeiro saiba o momento certo de vender o gado. O aplicativo avisa quando o animal está no pico da sua condição física. Tal eficiência também faz com que os espaços economizem em duas toneladas de alimentação “extra” para os animais, em média, e só essa atitude salva mais de 800 quilos de carbono por cabeça.