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Descarbonização: tecnologia retira carbono da atmosfera

Carbfix usa tecnologia geológica para descarbonização e inova ao levar o gás para as pedras

Redação

em 14 de julho de 2022


Uma startup islandesa promete retirar o gás carbônico do ar e colocá-los nas pedras. Chamada Carbfix, a companhia já está atuando na Islândia e, recentemente, fechou parceria com a usina geotérmica On Power e com a Climeworks.  A tecnologia é uma mostra de que há uma corrida científica para levar o “carbono zero” ao carbono negativo. 

Do pó a pedra

Mas como funciona o processo da Carbfix? Basicamente, quebrando o ciclo natural do CO2 e o levando de volta para o subsolo. A companhia captura o gás antes mesmo de ele ser lançado no ar e o injeta em água, criando um tipo de “água com gás”, e depois recoloca essa água nas pedras embaixo da terra.

Com CO2, a água fica mais ácida e se torna mais fácil de ser absorvida por rochas vulcânicas e basálticas. A alta reatividade e composição química da pedra basáltica (até 25% do peso de cálcio, magnésio e ferro) pode combinar-se com o CO2 injetado para formar minerais carbonáticos estáveis, armazenando de forma eficiente e permanente as emissões como minerais dentro das rochas basálticas.

Dentro das pedras, o gás carbônico acaba sendo “estocado” da melhor forma possível, inclusive tornando-as mais densas. Amostras do trabalho da companhia revelam que 95% do CO2 injetado em rochas basálticas se mineraliza no período de dois anos, ocupando os poros das rochas.

Descarbonização do ar

Por mais que as rochas vulcânicas e mais porosas sejam abundantes na Islândia, lugares como o Aquifero Guarani, no Brasil, também contêm o mesmo tipo de pedra. A companhia está estudando como fazer com que a tecnologia chegue em outros países. 

O governo islandês apoia o projeto e pretende usá-lo para reduzir as emissões de gases de suas usinas geotérmicas em 60% até 2025. E, no momento, a Carbfix está testando como utilizar a água do mar para poder “levar” o CO2 direto para as pedras.