Digitalização ajuda a melhorar a produção de carne e leite
Pecuária 4.0: aumenta o uso de drones, telemetria, internet das coisas e outras tecnologias digitais na pecuária
Em 2021, os alemães criaram o termo indústria 4.0 para definir a produção industrial que adota tecnologias como a comunicação máquina a máquina (M2M) e a Internet das Coisas (IoT). Depois disso, o 4.0 migrou para outros setores, incluindo a pecuária, onde as inovações têm contribuído para aumentar a produção de carne e leite. Hoje, os setores da produção de carne e leite vivem o momento da pecuária 4.0, já de olho em um futuro não muito distante que é a ampliação desse conceito para a pecuária 5.0.
Para o Brasil, o assunto é estratégico, pois o país é dono do segundo maior rebanho comercial de bovinos e maior exportador global de carne bovina, como mostrou publicação da Forbes. Na produção de leite está entre os três maiores do mundo, com cerca de 34 bilhões de litros anuais.
As tecnologias que fazem parte da pecuária 4.0 incluem, entre outros, o uso de softwares para controle de manejo. Várias agtechs oferecem programas desse tipo, incluindo a iRancho, Jetbov, Bovexo e outras. A ideia é que informações como extrato do rebanho, produtividade e análises zootécnicas fiquem reunidas em um único lugar com gráficos e relatórios para facilitar a decisão do pecuarista.
Drones, telemetria e IoT
A telemetria é outra frente e tem sido adotada para ajudar o produtor a otimizar a alimentação dos animais da propriedade ao indicar as melhores áreas de pasto. A telemetria também transmite dados que informam como o solo pode ser melhorado para que a pastagem seja produzida na quantidade ideal.
Já os drones com câmeras de boa qualidade e pequeno porte são utilizados para o monitoramento do rebanho, facilitando a identificação de fugas e também falhas na cerca que podem trazer prejuízos ao produtor.
Os sensores de IoT têm sido aplicados em recursos como os colares inteligentes que ajudam a medir e registrar informações ligadas à saúde dos animais. Alguns deles, inclusive, já indicam dados como período de ovulação, comportamento do animal e incidência de alguma doença. Essas informações podem ajudar a reduzir o gasto com mão de obra e facilitar a manutenção do bem-estar animal nas fazendas, na avaliação dos especialistas.