Mais da metade dos brasileiros se consideram “flexitarianos”

Flexitarianos são maioria. Dieta que privilegia alimentos de origem vegetais, mas ainda aceita carnes é preferida por 52% dos brasileiros.

Redação

em 17 de maio de 2022


Os brasileiros preferem dietas que privilegiam vegetais, mas também tem carnes., ou seja, são flexitarianos É isso que mostra uma pesquisa feita pelo Ibope, na qual 52% dos consumidores brasileiros se autodeclaram flexitarianos. O adjetivo representa um modelo de dieta parecido com a vegetariana, mas que admite o consumo de carne. Os flexitarianos são também aqueles que aceitam bem substituição da carne ou do frango pelo plant based. 

Segundo a pesquisa, há alto interesse dos consumidores por proteínas alternativas.  Similarmente, mais de 5 em cada 10 dos entrevistados já consumiram produtos à base de plantas. Destes, 32% consumiriam novamente e 18% afirmaram consumir sempre ou ocasionalmente.

Flexitarianos ou “semivegetarianos”

A dieta “semivegetariana”, ou flexitariana, admite mais flexibilidade do que o veganismo ou o vegetarianismo. Há aqueles que comem proteína animal uma vez por semana, há quem opta por duas ou três vezes as refeições com proteína animal. Ou seja, quem opta por este formato de alimentação come tanto o hambúrguer plant based quanto o de carne bovina, para ficarmos em um exemplo prático.

O termo “flexitariano” foi criado nos anos 1990 pela médica norte-americana especializada em alimentação, Dawn Jackson Batner. Campanhas globais como a “segunda sem carne”, que pede para que as pessoas não comam proteínas animais na segunda-feira, também são indicativos que até mesmo o ativismo procura pelo caminho do meio. 

Consumo sustentável e busca por saúde

O estudo também mostrou que o que leva mais da metade da população brasileira a adotar um estilo de vida à base de plantas é a busca por uma alimentação mais saudável. Os princípios do flexitarianismo propagados por Batner são de comer frutas, vegetais, grãos, ser flexível ao incorporar carne e produtos animais e comer alimentos menos processados e mais naturais.

Há também a preocupação em diminuir o impacto ambiental da própria alimentação, com a procura por produções mais sustentáveis. Estudos mostram que o aumento do consumo de certos tipos de alimentos vegetais pode ajudar a, até mesmo, diminuir o aquecimento global, caso a mudança de dieta seja em massa.