formacao de pastagem

Formação de pastagem tem método, explica especialista

Para ser eficiente, processo precisa começar antes do plantio

Redação

em 20 de setembro de 2023


A qualidade das pastagens tem uma importância estratégica para os pecuaristas brasileiros, e ela não começa, como indica o senso comum, pela semeadura. O processo de formação de pastagem tem método e envolve as etapas de análise de solo, escolha da forrageira de acordo com a categoria animal, adubação e preparo do solo. Ao seguir esse roteiro básico, os produtores rurais podem ter um pasto produtivo, onde precisam adotar um manejo correto do gado.

A análise do solo começa no final do período chuvoso anterior, identificando as áreas que serão reformadas e procedendo-se as correções necessárias, de acordo com a espécie forrageira que deve ser plantada. Nessa etapa são elaboradas as análises química e física do solo, avaliando a composição do terreno e a sua fertilidade, informações importantes para a definição das forrageiras, que é a etapa posterior.

Com mais de 50 cultivares disponíveis no mercado, a escolha das forrageiras é uma etapa importante da formação do pasto. Dados sobre a fertilidade do solo, por exemplo, podem descartar a aplicação de forrageiras que não estejam alinhadas com essa condição.

Preparação do solo

formacao de pastagem

O especialista lembra que o próximo passo no processo envolve as correções e adubações, que devem ser feitas no período e na quantidade ideal. Aqui podemos falar em três subetapas: a calagem, que é o fornecimento de calcário para neutralizar a acidez do solo, caso o pH esteja baixo; a gessagem, para o melhor condicionamento da distribuição dos nutrientes no perfil do solo; e a fosfatagem, que serve para aumentar os teores de fósforo, macronutriente pouco disponível nos solos brasileiros.

Segundo Diogo Rodrigues da Silva, zootecnista, doutor em pastagens e coordenador técnico da Sementes Oeste Paulista, ainda pode haver a necessidade de reposição de potássio, um nutriente responsável pela expansão celular e crescimento da planta, além do nitrogênio, que será aplicado em cobertura quando tiver em torno de 60% do solo coberto.

Já o preparo do solo inclui iniciativas de aração, gradagem e de nivelamento. “É necessário para que as sementes tenham uniformidade no plantio, seja a lanço, aéreo ou em linha, e que o solo esteja nivelado, sem torrões para que as sementes tenham o melhor contato possível com o solo. Isso vai impactar, inclusive, no tempo de formação dessa área”, destaca o zootecnista, em artigo da Sementes Oeste Paulista.