Mercado de proteína vegetal pode girar trilhões de dólares até 2050
Setor pode chegar a trilhões de dólares em 2050 segundo Credit Suisse
A produção de alimentos à base de proteína vegetal está em rota de crescimento, de acordo com a Bloomberg Intelligence (BI), um dos braços de informação da agência de notícias norte-americana. O segmento deve movimentar US$ 162 bilhões em vendas até 2030, o que significa que o mercado atual da chamada plant-based protein vai ser multiplicado por cinco nos próximos oito anos.
No caso específico da carne vegetal, se o segmento crescer com um padrão semelhante ao do leite vegetal, a estimativa é que ele sozinho movimente US$ 74 bilhões ao ano em 2032. Hoje, ele soma US$ 4,2 bilhões.
Além do BI, outra consultoria respeitada acompanha o setor e tem uma avaliação ainda mais positiva: para a A.T. Kearney, o crescimento será agressivo, com o mercado mundial de substitutos vegetais chegando à cifra de 370 bilhões de dólares, o que representaria 23% de todo o segmento de carnes do planeta. Esse nível seria atingido em 2035.
Já o Credit Suisse estima um mercado de US$ 1,4 trilhão de dólares em 2050, tornando o segmento de alimentos à base de plantas um gigante do setor de proteínas vegetais.
Flexitarianos combinam proteína vegetal e animal
Uma reportagem da revista Exame, indica que setor, em si, não é exatamente novo: “Substitutos vegetais para produtos de origem animal como leite, manteiga e outros laticínios já são vistos nas prateleiras dos supermercados há algum tempo, voltados principalmente para o público vegano ou com alguma intolerância”, diz a matéria. A novidade é o incremento dos produtos disponíveis, principalmente aqueles que emulam a carne, incluindo a replicação de gosto, aparência e textura, entre outras características. A proteína vegetal também tem um apelo forte em alguns segmentos de consumo, o que potencializa a demanda.
Esse novo e influente perfil de consumidor inclui os chamados flexitarianos (nem veganos e nem carnívoros), com um padrão de alimentação que inclui a carne. A diferença é que esse consumo é pontual, ou seja, a proteína animal tem sido substituída com frequência pela dieta vegetal, mas sem ser eliminada totalmente. A pegada de sustentabilidade também é importante para os flexitarianos, o que coloca em pauta assuntos como bem-estar animal e a busca por uma dieta mais equilibrada.