Mudanças à vista no Plano Safra 2023-24

A formulação do Plano Safra do biênio 2023-24 poderá ter alterações, segundo reportagem da revista Forbes. E o foco seria a tentativa de reduzir juros. Segundo a publicação, o tema estaria na pauta da Secretaria de Política Agrícola do Ministérios de Agricultura e Pecuária (Mapa). 

No agronegócio, o Plano Safra 2022/23 conta com taxas de juros entre 5% e 6% ao ano para o Pronaf (Programa da Agricultura Familiar), enquanto os médios produtores possuem tarifas de 8% ao ano. Já os programas como o da ABC (Agricultura de Baixo Carbono) e a PCA (linha de crédito que financia armazéns agrícolas) os juros podem chegar a 8,5% ao ano.

Oportunidades que dependem do Plano Safra 2023-24

Uma das informações da Secretaria é sobre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que reabriu linhas de crédito que estavam fechadas para o setor, com um valor de R$ 2,9 bilhões para financiamento da safra 2022-23, mas que os recursos se esgotaram em poucos dias. O esgotamento de recursos do banco também estaria travando a tomada de crédito principalmente para investimentos na lavoura.

Uma das implicações disso seria o comprometimento das ampliações em capacidade de armazenagem e melhorias nos parques de máquinas. O assunto é sério, pois as estimativas atuais indicam que o Brasil espera uma colheita recorde de grãos para 2022/23 com um salto na produção de soja, levando o país a uma safra de verão maior que capacidade de armazéns pela primeira vez em 20 anos, conforme dados da agência de notícias Reuters.