Nova geração quer trazer revolução digital e inovação para a pecuária

Brasileiros levam técnicas de inovação de Stanford a fazendas de gado do Mato Grosso

Redação

em 9 de junho de 2022


A geração que chega nos campos traz a revolução digital para o pasto da agropecuária brasileira. A agrofloresta, cuidado digital do gado e análise de dados estão no DNA dos jovens que, agora, chegam para liderar as fazendas do interior do país.

É o caso de Eduardo Ribas Grabowsky, que estudou em Stanford e trouxe os modelos inovadores para fazer com que as fazendas da Luxor Agro saíssem de um sistema que gera R$ 900 por hectare por ano para algo próximo de R$ 4 mil hectare por ano. O objetivo, além dos números, é mostrar que é na terra e no agronegócio que a inovação brasileira floresce. 

Do Mato Grosso para o mundo

“Mudar para contribuir com um novo tempo do agro do Brasil, com uma energia nova, um jeito novo de pensar a organização, o time, a informação, a tecnologia e, por consequência, a estratégia”, disse Grabowsky em entrevista à Forbes brasileira. “Trata-se de não sermos produtores em um modelo tradicional, mas parte de um sistema que consegue trazer o que há de mais moderno no mundo da produção. Apesar de estarmos em Mato Grosso, que pode parecer distante, a gente quer estar perto do mundo.”

Uma das formas de trazer a inovação para o campo foi estabelecer a integração lavoura-pecuária, juntando agrofloresta e agricultura regenerativa ao pasto do gado. Os bovinos das três fazendas são criados com lavouras de soja, milho, capim e até café, além de contarem com florestas e matas intocadas. 

O agro é novo

A entrada de novos gestores também é uma “marca” da entrada da nova geração no campo. Como foi o caso de Antonio Azevedo, que também estudou em Stanford e foi chamado para ser diretor administrativo das fazendas. “O agro é parte da solução quando você pratica uma sustentabilidade que regenera a terra e devolve vida ao solo”, disse ele na entrevista citada.

Os corredores ecológicos em áreas de pastagens fazem parte dessa visão integrada entre o ambiental, o social e o econômico. A Luxor colocou em pé 800 hectares de corredores ecológicos nas áreas de pastagens. Além disso, eles fazem parte do chamado “pasto vivo”, onde há espaço para a agrofloresta com plantio de castanhas, como baru e caju, além de espécies madeireiras, como a aroeira e a macaúba.