pasto reduz emissao de gas

Pasto reduz emissão de gás carbônico, diz pesquisa

Pasto ajuda a sequestrar carbono da atmosfera e a reduzir a emissão de gases, além de fazer a produção animal mais sustentável, diz pesquisa

Redação

em 1 de novembro de 2022


Reduzir a emissão de gás carbônico é uma das metas do setor agropecuário. E o caminho para atingir esse objetivo pode estar nas pastagens. É o que aponta pesquisa feita pela Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos. Reproduzida no Journal of Celaner Production, o levantamento mostrou que pequenas fazendas que se concentram em técnicas de pastoreiro e produção orgânica lideram as baixas emissões de gases que contribuem para o efeito estufa.  

Sequestro de carbono

O sistema de pastagem contribui para reduzir a emissão de carbono devido à própria natureza do pasto. As plantas do pasto têm raízes mais profundas, sendo capazes de sequestrar o carbono do ar e passá-lo para a terra. A biomassa das raízes é feita de carbono, e isso significa, de maneira prática, que o CO₂ será armazenado por mais de 100 anos embaixo da terra.

A quantidade de carbono absorvido depende, no entanto, da qualidade do pasto. Quantidade de solo, de fertilizantes e tamanho das plantas foram medidos para se chegar pela a pesquisa e o resultado é que, quando bem formatado, o pasto pode ajudar na redução de até 20% do CO2 emitido pelos sistemas agropecuários. 

“O sequestro de carbono é um mecanismo complexo, que depende de muitas variáveis, e esta é uma das razões pelas quais o sequestro de carbono geralmente está ausente dos estudos de avaliação do ciclo de vida que avaliam as emissões de GEE e outros impactos ambientais dos sistemas agrícolas”, disse o  pesquisador-chefe da Universidade de Wisconsin-Madison, Horacio Aguirre-Villegas, em entrevista à revista Forbes

Em busca da produção zero carbono

Quanto mais depende de pastagens, como nas produções orgânicas, mais benefício em redução de emissões de carbono a fazenda tem. Segundo Aguirre-Villegas, quanto mais pasto, menor a dependência de fertilizantes sintéticos e suplementos alimentares. Tais recursos não precisam ser fabricados, o que também se contabiliza como menor emissão de CO2. 

O segundo benefício dos sistemas de pastagem é que a ração é produzida onde as vacas comem, disse Aguirre-Villegas. “Assim, não há necessidade de transporte, armazenamento, colheita etc., o que significa menos uso de insumos e, portanto, menos emissões de GEE relacionadas”.