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Corteva reserva US$ 1,6 bilhão ao ano para pesquisa e inovação

Os negócios no Brasil são fundamentais para a empresa. As perspectivas são especialmente otimistas quanto ao segmento de pastagem em áreas degradadas.

Redação

em 19 de junho de 2023


Uma das maiores multinacionais de agroquímicos, sementes e soluções biológicas, a Corteva Agriscience, vai aplicar, até 2025, US$ 1,6 bilhão ao ano em inovação, pesquisa e desenvolvimento. O valor equivale a R$ 8 bilhões e a um aumento de R$ 2 bilhões em relação ao que a empresa investia na área até então, de acordo com matéria publicada pela Forbes

Esses valores são globais, mas o Brasil ocupa posição relevante no portfólio da companhia. O país responde pelo maior mercado da América Latina e está na terceira posição em importância na Corteva, ao lado dos Estados Unidos, seu país de origem, e da Europa. 

“A agricultura é biologia, e a biologia é sábia. Ela nos leva, sempre, a procurar inovações para os seus vários desafios. A natureza sempre vai estar em um constante movimento de adaptação, daí a necessidade de buscar soluções entendendo esse mundo em evolução”, afirmou à Forbes a presidente da Corteva Agriscience para o Brasil e Paraguai, Ana Cláudia Cerasoli. 

Investimentos em pastos degradados

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A executiva destaca que, no Brasil, há espaço para ampliar os investimentos em áreas de pastos degradados e que essa é um segmento no qual a companhia é líder. Por isso, mantém uma equipe exclusivamente voltada à pastagem. 

“Enquanto em soja e milho, por exemplo, o grande foco está na produtividade, em como aumentar a cada ano o rendimento por área, na pecuária existem outros temas, como aumentar e apoiar a questão nutritiva do animal, a sustentabilidade na fazenda, o manejo das áreas de qualidade do pasto. Se não houver uma equipe especializada, você não fala a mesma língua”, salientou. 

Já na área de cultivos, Ana Cláudia avalia que as pesquisas requerem tempo e visam o longo prazo, enquanto as demandas são definidas a cada safra, já que um ano de plantio nunca é igual ao outro. 

“Temos trazido para o campo muita inovação, com novas moléculas, formulações, com um movimento da pesquisa que busca ter um produtor que use cada vez menos agroquímicos nas lavouras, porém com biotecnologias mais eficientes. Esse é o futuro”, afirmou. 

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Na empresa desde 2000, Ana Cláudia assumiu o cargo em janeiro deste ano. Seu objetivo é impulsionar os negócios em uma região considerada chave no mundo. Antes de assumir o Brasil, ela foi por quatro anos presidente da região chamada Meso-Andina, a partir do México. Em sua opinião, o investimento em pesquisa e desenvolvimento é estratégico. “Porque esse universo das pragas e das doenças realmente tira o sono do produtor”, destacou.