defensivos agricolas

PL dos defensivos agrícolas é positivo, segundo pesquisador 

Avaliação é de José Otávio Menten, presidente do Conselho Científico Agrosustentável

Redação

em 10 de janeiro de 2024


O Projeto de Lei dos Defensivos Agrícolas é uma iniciativa positiva, na avaliação do presidente do Conselho Científico Agrosustentável (CCAS), José Otávio Menten. Professor da Esalq-USP e pesquisador respeitado, ele destacou os pontos positivos da nova normativa em entrevista ao Canal Rural. De acordo com a publicação, a entidade presidida por Menten vem acompanhado a discussão sobre o tema nos últimos 20 anos.

Pela análise de Menten, o PL poderá atualizar uma legislação de mais de 30 anos e acompanhar várias mudanças de regulação e de tecnologia que aconteceram nos últimos anos. A iniciativa também poderá fazer com que o Brasil se aproxime – em termos de normatização – de outros países com agricultura relevante. Para o pesquisador, o PL traz transparência, previsibilidade e base científica. 

Entre os pontos positivos, ele destaca a proposição da análise de risco em contraponto à análise de perigo. A informatização é outro ganho, pois permite o monitoramento da aplicação dos defensivos e agrega agilidade ao processo. A coordenação do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) é um destaque também e pode melhorar a escolha de prioridades, evitando gargalos como o processo de registro de pesticidas novos, uma jornada que pode levar até oito anos. 

O pesquisador também destacou a necessidade de orientação aos produtores rurais quanto à aplicação de defensivos. Segundo ele, o problema envolve qualidade do produto escolhido e a utilização correta dos produtos. Outro desafio é a regulagem adequada dos pulverizadores, o que pode ser prejudicial para a produção agrícola. 

Menten também participou do lançamento do Programa de Treinamento sobre Insumos Agrícolas Ilegais, promovido pela Escola de Segurança Multidimensional (ESEM IRI/USP), em parceria com a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP) e a CropLife Brasil.

O programa tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre os insumos agrícolas ilegais, identificando as necessidades específicas de polícia e fiscalização relacionadas a esse mercado. Com isso, busca-se melhorar a capacidade de controle e fiscalização desse problema crucial para a economia, o meio ambiente e a saúde do país.