carne de qualidade

Qual seria o preço do bife de qualidade? 

Pesquisa da Texas Tech University investiga diferenças genéticas na qualidade de cortes e revela que a carne de qualidade aquece e felicita

Redação

em 3 de outubro de 2022


Essa é a pergunta que pesquisadores da Davis College of Agricultural Sciences and Natural Resources, da Texas Tech University, em colaboração com grupos na Irlanda e na Austrália, estão tentando responder. O projeto começou com a ideia simples de um doutorando, que queria saber por que os consumidores pagariam US$ 75 por um bife quando existem opções muito mais baratas disponíveis. 

O questionamento evoluiu para um projeto colaborativo de genômica, intitulado de L GEN 2000, financiado por uma doação de US$ 604 mil da Universidade da Nova Inglaterra, que busca relacionar as diferenças genéticas na qualidade culinária de vários bovinos de corte. 

“Descobrimos que a parte do cérebro estimulada quando você tem sua melhor experiência na vida – primeiro beijo, primeiro amor, casamento, filhos, seja o que for. E ela também é ativada quando você come um pedaço de carne de alta qualidade”, disse Markus Miller, professor e presidente do San Antonio Stock Show and Rodeo de ciência da carne, processamento e preservação de alimentos no Departamento de Ciências Animais e Alimentos. 

Carne de qualidade nos deixa felizes

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Segundo ele, a ingestão de carne bovina tem efeitos fisiológicos claros no ser humano: ela nos faz sentir quentes e felizes. 

Com o projeto L GEN 2000, a meta dos pesquisadores do Texas é coletar dados de consumidores nos Estados Unidos, Austrália e Irlanda, três países com diferentes métodos de criação de gado de corte. O próximo passo será compilar os dados e tentar isolar os genes que proporcionam aos consumidores a melhor experiência gastronômica. 

Nos Estados Unidos, os consumidores do projeto de teste comerão bifes de carne bovina 100% alimentada com grãos. A carne produzida para os testes na Irlanda será 100% a pasto e a carne na Austrália será uma mistura dos dois, com o objetivo de descobrir se os diferentes métodos de criação de gado de corte produzem genéticas diferentes.

“Este projeto de genômica analisará a carne bovina em diferentes sistemas de produção e a relacionará com o genoma do animal de corte”, disse Miller. “Pode ser que tenhamos a mesma genética em todos os lugares e não haja diferença genética, mas precisamos saber. Entender as diferenças, ou a falta de diferenças, nos permite saber como manejar a alimentação e a produção”, completa o especialista.