Recria de engorda é estratégia no confinamento de bovinos 

Avaliação é dos gestores do Confinamento Campanelli, na região de Barretos (SP)

Redação

em 31 de janeiro de 2024


Uma reportagem do canal Giro do Boi destacou o que seria o segredo do sucesso do confinamento de bovinos: o sistema de recria de engorda. A avaliação vem dos especialistas de uma das maiores instalações desse tipo no Brasil, o Confinamento Campanelli. Até 45% de toda a sua produção é recriada na fazendo localizada na região de Barretos, interior de São Paulo. 

O empreendimento tem dois sistemas de produção. No caso do gado da própria fazenda, a qualidade do pasto é um dos fatores destacados para a engorda. Os animais ocupam parte do espaço de 5 mil hectares no oeste paulista. 

Já o gado não recriado na instalação passa por um período de adaptação de pelo menos dez dias, num espaço chamado de SPA. O nome tem uma justificativa: os animais têm atendimento especial, com comida à vontade, em bom pasto, e água fresca. Nesse estágio adaptativo, a meta é que o gado ganhe peso, reduzindo o estresse durante o transporte dos fornecedores até entrar de fato no confinamento. 

Avanços além do confinamento de bovinos

A experiência da Campanelli já foi, inclusive, destaque pelo manejo sanitário, com queda na taxa de morbidade de pneumonia, de 2,29% para 1,55%, entre 2019 e 2020. A taxa de mortalidade, por sua vez, caiu de 0,07% para 0,03%. Outro bom resultado envolveu a diminuição de antibióticos, de tal forma que somente 9% dos bovinos confinados receberam a medicação em 2020. 

Outra frente da empresa é o rastreamento do gado, uma das grandes ferramentas de gestão da propriedade, de acordo com a reportagem do Giro do Boi. Com cerca de 250 fornecedores, a Campanelli contabiliza aproximadamente 2 mil origens de gados. O monitoramento permite a identificação dos melhores fornecedores e é uma informação para “calibrar” a engorda.