Relatório confirma Brasil como potência na produção de proteína animal

Material da Associação Brasileira de Proteína Animal mostra como o Brasil se mantém como potência no setor

Roberto Francellino

em 30 de março de 2022


O Relatório de 2021 da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostra o país como uma potência da produção na área de aves, suínos, ovos e genética. O fornecimento de carne de frango é um dos destaques do documento: foram 13,8 milhões de toneladas produzidas em 2020, das quais 69% foram absorvidas pelo mercado interno. Isso significa um consumo per capita de 45,2 kg de carne de frango por ano. Embora não seja o maior produtor, o Brasil é o maior exportador mundial, à frente dos Estados Unidos, União Europeia e Tailândia, os três seguintes do ranking nessa área. 

Os dados do relatório mostram ainda que o país está no patamar de produção de 4,436 milhões de toneladas de carne suína (2020), das quais 77% são absorvidas pelo mercado interno. Com isso, o consumo per capita interno é de 16 kg por habitante. Já as exportações correspondem a 23% da produção, sendo a maior parte no formato de cortes. 

Mercado de proteína animal movimentou geração de empregos

A carne de peru, com 159,7 mil toneladas, teve a destinação majoritariamente absorvida pelo  mercado interno (74%). Já a produção de carne de pato e de outras aves atingiu o patamar de 4,1 mil toneladas, com 85% desse total sendo destinado ao mercado interno e – diferente das outras criações – a maior parte foi exportada na forma inteira e não por cortes. 

Outra estatística é a relativa aos ovos: em 2020, a produção nacional chegou 53,5 bilhões de unidades, tendência crescente desde 2016. Quase a totalidade (99,7%) foi consumida internamente, o que confere ao Brasil um consumo per capita anual de 251 ovos por habitante. 

Além da produção de proteína animal, a cadeia formada pela suinocultura, avicultura, ovos e material genético tem um peso sócio-econômico importante.

O setor, por exemplo, aumentou em 5% as vagas de emprego entre 2014 e 2018 e agregou mais de 20 mil vagas somente no segundo ano da pandemia (2020). Dos dois setores principais, a maior ocupação acontece na área de avicultura, que responde por mais ou menos dois terços dos colaboradores, sendo o restante absorvido pelas empresas de suinocultura.