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Açougue+: capacitação e melhoria da performance do varejo

Açougues instalados em varejos de diferentes portes podem vender mais, reduzir perdas e melhorar a performance com algumas mudanças operacionais

Redação

em 22 de maio de 2023


Super e hipermercados, atacarejos e até mesmo mercados de vizinhança que têm um açougue podem melhorar o seu desempenho por meio de melhorias nas estratégias de operação. Isso inclui desde a qualificação dos profissionais do açougue até mudanças na forma de exposição dos produtos. A afirmação é do Gerente de Produtos Especiais da Marfrig, José Noeli de Castro Oliveira, responsável pelo programa Açougue+.

“Os açougues encontram diversas dificuldades no dia a dia, desde o treinamento dos colaboradores, até perdas (quebras operacionais) por questões de manipulação dos itens”, explicou o executivo durante a Apas Show 2023, em São Paulo. “Não existem programas de formação e treinamento para açougueiros, isso costuma ser feito internamente pelo varejo e não é toda rede que tem estrutura para isso”, completou.

O Programa, voltado para açougues clientes da Marfrig, completará quatro anos em agosto (2023). “Começamos em 2019, com uma rede com duas lojas. Hoje estamos com uma projeção de encerrar 2023 com 200 açougues participantes”, disse Oliveira.

Mudanças que melhoram os KPIs dos açougues

Além de contribuir para a retenção dos profissionais, o programa de qualificação também promove a redução de perdas, uma vez que os colaboradores conseguem melhorar os procedimentos, melhores práticas de produção e também a exposição adequada de produtos. Além disso, eles são treinados para fazer o controle de recebimento, limpeza e organização, além de receberem orientações sobre cortes e armazenamento, de forma a evitar a deterioração ou contaminação da carne.

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“Como exemplo, com o programa conseguimos reduzir em média 1% as perdas de uma rede de que temos o programa implantado a mais de dois anos. Um ponto percentual, em um ano, para uma rede desse porte, representa um valor expressivo para o açougue. A empresa deixa de perder, ou, em outras palavras, melhora a sua rentabilidade ao reduzir a quebra”, explicou.

Oliveira destacou que a redução de perdas é somente um dos indicadores de performance (KPIs) do setor. Além disso, nos açougues participantes do programa há também um aumento do volume de vendas, aumento da rentabilidade, melhoria da satisfação dos clientes e aumento da participação de marcas especiais. “Em nossa visão, o aumento do volume de vendas é o melhor indicador. Afinal, a renda (valor) pode sofrer efeitos da inflação ou deflação, mas o volume, a quantidade efetivamente comercializada, mostra que os resultados estão sendo muito positivos”, ressaltou.

Açougue+ visa a agregar resultados para os clientes

Além disso, Oliveira também destaca a participação de marcas especiais, como a Bassi. “Este mesmo cliente que teve a redução de 1% de perdas elevou as vendas destas marcas de maior valor agregado de 4% para 10%, o que ajuda bastante no ticket médio do setor.

E o trabalho do Programa Açougue+ vai além. Oliveira conta que existe um monitoramento contínuo das boas práticas aplicadas, auxílio na definição do mix de acordo com o perfil dos consumidores do cliente e apoio na divulgação das marcas especiais, por meio de ações em diversos canais de mídia.

“Os cases de sucesso de nossos clientes indicam que estamos no caminho certo. Queremos somar e fazer a diferença para esses clientes. A principal função do programa é agregar resultado”, finalizou.