energia solar agro

Agro ganha renda extra com energia solar 

Negócios estão em alta e exemplo é grupo que procura arrendamentos de terras para pagar valores mensais entre 5 mil a 22 mil reais

Redação

em 1 de dezembro de 2022


O mercado de arrendamento de terras agrícolas para implantação de usinas solares já existe há um certo tempo no Brasil, mas ganha fôlego extra com a expansão desse tipo de geração, chamada de distribuída, e precisa ser integrada ao sistema interligado de energia do Brasil, o SIN. Uma reportagem da Forbes mostrou que os empreendimentos que envolvem usinas menores, de até 5 megawatts, estão avançando mais. Normalmente, eles ocupam espaço de 10 a 20 hectares, uma extensão que viabiliza mais o arrendamento do que a compra do terreno.

Além da remuneração, outro atrativo está associado à questão de segurança das fazendas, pois a implantação de um projeto solar exige o monitoramento do terreno por meio de câmeras e outras formas de segurança do patrimônio. De acordo com os especialistas ouvidos pela Forbes, não há competição de área entre geração solar e os cultivos e os negócios são complementares. Quando efetivamente há um consórcio, são chamados de “agrivoltaics”, de acordo com a reportagem. 

Remuneração da energia solar ajuda na previsibilidade do agro

O modelo de arrendamento de terras para a energia solar, já praticado há vários anos por geradores de energia eólica no Nordeste, tem tido boa aceitação entre produtores agrícolas. Um dos principais benefícios apontados pelos produtores é a estabilidade na remuneração, o que ajuda na gestão de fluxo de caixa entre safras e na garantia de recursos para custear outros cultivos.

A Apolo Renováveis, uma das empresas do setor, tem cerca de 80 megawatts-pico em usinas de geração distribuída solar em desenvolvimento e deu início a uma nova carteira de projetos, que serão conduzidos no âmbito de uma parceria com a Omega Energia.

Para esse segundo portfólio, o grupo está procurando 500 terrenos para arrendamento em São Paulo, Goiás, Bahia e Pernambuco. O objetivo é contratar áreas que totalizem entre 5 mil e 10 mil hectares até julho de 2023, pagando aos donos das terras valores mensais entre 5 mil a 22 mil reais.

Outra empresa que aluga terras agrícolas para suas usinas é a GreenYellow. Com um portfólio de quase 200 MWp em usinas solares no Brasil, a GreenYellow possui contratos de direito de superfície assinados com 68 proprietários diferentes em todo o país.