Tecnologia brasileira usa bactéria contra a seca

Um inoculante bacteriano, ou seja, produto que contém bactérias com ação benéfica para desenvolvimento de plantas, tem sido usado no Brasil para promover o crescimento vegetal e ao mesmo tempo funcionar como elemento de proteção contra a seca. A tecnologia nacional foi desenvolvida pela Embrapa Meio Ambiente com a empresa Nooa Agricultural Science and Technology.

O produto existe comercialmente desde 2021, mas os estudos envolveram mais de 12 anos, resultando no primeiro inoculante bacteriano desse tipo criado no país. Segundo a Embrapa, a tecnologia foi inspirada em plantas de regiões secas que se associam a microrganismos para tolerar o estresse hídrico e foi encontrada nas raízes da rainha da noite, uma cactácea do semiárido brasileiro.

Solução para reduzir o estresse hídrico

De acordo com a NOOA, o inoculante é uma tecnologia de bioativo originado da caatinga que “proporciona maior segurança no ambiente de produção, ao reduzir os efeitos dos estresses nas plantas, possibilitando a expressão do potencial das lavouras”. Nesse caso, o estresse hídrico.

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Além de otimizar o uso da água pela planta, o produto permite maior proteção do potencial produtivo e promove a maior estabilidade do ambiente biológico do solo, ao mesmo tempo em que possibilita uma retomada mais rápida do ciclo produtivo após eventos de estresse.

A base de desenvolvimento do inoculante é a pesquisa da Embrapa em isolados de actinobactérias que podem desempenhar papéis importantes na agricultura, em função de suas duas características principais: a primeira é promover o crescimento vegetal em solos secos e a segunda é atuar no controle biológico de fitopatógenos (microorganismos causadores de doenças em plantas).