Bovinocultores discutem rastreamento voluntário
Proposta partiu de lideranças e entidades do setor e inclui bovinos e bubalinos
Um sistema voluntário de rastreamento de bovinos e bubalinos poderá ser estabelecido no país, com a coordenação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. A entidade ficaria responsável pela gestão e controle da numeração oficial e também pelo banco de dados do rebanho rastreado. A informação é do site Sou Agro.
De acordo com a publicação, a adesão dos produtores deve ser de livre escolha e será concedido um tempo mínimo de oito anos para que os pecuaristas se adaptem ao novo procedimento. O status atual da proposta já envolve a aprovação da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina, que é abrigada no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Rastreabilidade
Outra informação indica que o Mapa estaria analisando a viabilidade da proposta e confirmando a aplicação de outras diretrizes, como a inserção gratuita das informações dos animais no sistema de rastreabilidade. Com isso, o único custo para o produtor seria a aquisição dos dispositivos de identificação individual, caso dos brincos a serem usados pelos bovinos e bubalinos.
É importante lembrar que o Brasil introduziu um sistema de rastreabilidade em 2002, chamado de Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov). A iniciativa aconteceu para atender às demandas internacionais, especialmente da União Europeia, que impunha requisitos estritos para informações de origem em importações. Na época, o Sisbov foi uma resposta à encefalopatia bovina espongiforme, conhecida como “vaca louca” na União Europeia.
A adesão ao Sisbov não é obrigatória para todos os produtores, sendo exigida apenas para aqueles que exportam para a União Europeia, devido ao alto custo e complexidade operacional.
O Sou Agro destaca que o rastreamento não se restringe às preocupações sanitárias, mas envolve agora questões ambientais. Explicando: a rastreabilidade individual de animais, tanto de fornecedores diretos quanto indiretos, possibilita o controle detalhado, semelhante a um CPF para cada animal, permitindo a identificação de aspectos sanitários e ambientais que exigem intervenção.